Fúria de Titãs 2 - Crítica

 Sinceramente, podia ter sido pior...muito pior. Não que isso me desagrade, mas me deixou um tanto surpreso. Fúria de Titãs 2 (Whath of the Titans) está longe de ser um grande filme épico, ou uma ótima continuação de um longa totalmente sem história e desenvolvimento, porém consegue ser uma boa opção para entretenimento.

 A trama de Fúria de Titãs 2 ocorre após 10 anos do primeiro filme. Após matar o Kraken, e ganhar fama pelo feito, o semi-Deus Perseu (Sam Worthington), filho do poderoso Zeus (Lian Neeson), tenta levar uma vida normal de pescador e cuida de seu filho de 10 anos, que sua falecida esposa deixara. Enquanto a descrença dos homens enfraqueceu os Deuses, Hades (Ralph Fiennes) e Áres (Edgar Ramírez) fazem um acordo com Cronos para capturar Zeus e fazer com que a prisão do Tártaro abra, o que ocasionaria o mal se alastrando pela Terra. Portanto, Perseu deve unir-se aos seu aliados para combater o mal e impedir a total devastação do mundo.

 Assim como seu antecessor, o filme não possui um desenvolvimento adequado. O problema mais "grave", foi o fato de não desenvolverem uma história que até poderia dar certo. Fúria de Titãs 2 reúne passagens da mitologia grega, como monstros (Quimera, Ciclopes, Minotauro...) e fragmentos de histórias que vieram a tentar dar um toque especial ao roteiro, porém falhou devido a falta de perspectiva do diretor Jonathan Liebesman. Não que o diretor tenha feito um péssimo trabalho, pelo contrário, Liebesman conseguiu fazer algo no filme que o Louis Laterrier nem sequer tentou realizar no primeiro: tornar o filme divertido, apesar de não possuir um bom desenvolvimento no roteiro.

 E o que faz de Fúria de Titãs 2 ser divertido? Primeiramente, os personagens estão muito mais carismáticos, sobrando até espaço para mais humor no filme. Segundo, vem a questão das grandes cenas de ação, que parecem estar mais caprichadas e interessantes, destaco a cena final que mostra a batalha contra Cronos, esta foi, na minha opinião, uma das cenas de luta mais empolgantes da história do cinema. Não tive a oportunidade de assistir o filme em 3D, mas, pelo que soube, os efeitos em terceira dimensão foram bem recebidos pelo público. E terceiro, as atuações melhoraram razoavelmente. Há momentos em que os atores interpretam bem em cenas não muito interessantes, porém há momentos de regulares atuações  em partes que o espectador espera um pouco mais de emoção.

 Apesar dos inúmeros clichês de filmes de ação, da falta de desenvolvimento e perspectiva do diretor e da despreocupação de fazer uma história interessante tornar-se algo maior, o filme cumpre um de seus principais deveres que é o de divertir o público. Eu, pelo menos, me diverti bastante com o filme, apesar de seus problemas.


Nota: 6,5