segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Uma análise do filme "Abraham Lincoln - O Caçador de Vampiros"

   O longa está em cartaz nos cinemas brasileiros desde o dia 7 de setembro, porém só tive a oportunidade de assistir ontem. Eu, que sou fascinado por Vampiros e história, não pude deixar de publicar uma análise com meus comentários sobre o filme.

http://www.hollywoodreporter.com/sites/default/files/2012/01/abraham_lincoln_vampire_hunter_poster_a_p.jpg   Primeiramente, posso afirmar que Abraham Lincoln - O Caçador de Vampiros é um filme que iniciou-se com uma ideia interessante, porém não muito plausível para com os fatos históricos. Baseado num livro de mesmo nome, escrito por Seth Grahame-Smith, o longa, roteirizado pelo próprio escritor, produzido pelo mestre Tim Burton e dirigido pelo cineasta russo Timur Bekmambetov (O Procurado), procura contar, a partir do Diário Secreto de Abe, a história real do 16o Presidente norte-americano misturando com a ficção, envolvendo o sobrenatural. Tanto no livro quanto no filme, Lincoln é treinando pelo vampiro Henry Sturges (Dominic Cooper de Capitão América - O Primeiro Vingador) para  tornar-se um caçador de vampiros, para cumprir uma tarefas dada pelo seu mentor e finalmente poder matar a criatura que assassinou sua mãe. Portanto, o filme acompanha o presidente na sua jornada política e sobrenatural, misturando ação, efeitos visuais exagerados e sem sentido e uma pitada de humor.

    Logicamente, Abraham Lincoln não é um filme que se preocupa em contar fatos ou a verdadeira história do presidente. Mas tem o dever de fazer uma mistura de fatos reais com a ficção, algo que quase funcionou. Talvez, as maiores falhas do filme sejam o roteiro, muito mal desenvolvido e sem rumo, e a tal combinação de fatos e fantasia que pode até ofender ou provocar risadas nos historiadores norte -americanos. O problema é que a interessante exploração históriaca da vida do presidente foi estragada pela tal combinação com o sobrenatural. No ponto de vista histórico, é percebível certos pontos que tentaram funcionar, mesmo o filme apresentando um roteiro extremamente fraco. Porém, não pode-se negar que algumas das explicações sobrenaturais presente no filme de: como os Vampiros chearam na América, como sua imagem não pode ser refletida no espelho e das suas sensibilidades com a prata (algo que pesava que ocorria apenas com os Lobisomens), vem a ser bem explicadas. Mas o fato de os vampiros não queimarem com a luz do Sol por usarem nada menos que protetor solar vem a ser tão ridículo quanto brilhar. Porém, os vampiros de Abraham Lincoln - O Caçador de Vampiros são realmente sanguinários e um pouco assustadores, ganhando até participação e destaque na guerra da secessão, algo que me deixou com um pouco de raiva (sim, eu adoro história e não gosto de vê-la massacrada).

    Composto principalmente por jovens atores e atrizes, o elenco também não ajudou muito com o filme. Atuações fracas, forçadas e sem emoção, um vilão que só possui cara de "malvadão" e não serve para absolutamente nada destacam-se. Para não dizer que todos os atores atuaram de forma ruim, elogio um pouco o trabalho de Benjamin Walker que possui uma aparência semelhante ao presidente norte-americano, porém falta-lhe um pouco mais de carisma. Pode-se afirmar que o ator muda bastante da fase jovem de Abraham para a mais adulta e tal mudança até que se encaixou bem, mas podia ter sido melhor e mais desenvolvida. Dos outros artistas, não há muito que possa ser digno de receber elogios.

    No ponto de vista técnico, o filme exagera nas cenas de ação sem sentido, porém divertidas. Apresentando efeitos especiais não muito inovadores ou bonitos de se ver, bem empregados em tanto exagero e surrealismo presente nas cenas movimentadas. Um dos pontos positivos nos recursos técnicos é o trabalho de maquiagem que, como já mencionei antes, deixou o ator Benjamin Walker bastante parecido com Lincoln. O direção de fotografia também foi bem feita, assim como o visual "dark", marca registrada de seu prudutor (Burton). O filme foi filmado diretamente para o 3D e é percebível o uso da tecnologia em diversas cenas, não em todos os momentos.

   Para quem gosta de história, aconselho a não decepcionar-se muito, afinal o filme foi realizado para entreter o público. Fãs do livro poderão simpatizar-se com o filme, mas nem tanto. Apesar da direção pouco competente, o roteiro fraco, atuações medíocres e cenas sem sentido, o filme consegue divertir um pouco. Não o considero uma grande opção de entretenimento, mas não é uma das piores.


Nota.: 5 (Regular)





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