segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Resenha crítica do filme "A Guerra do Fogo"

Recentemente, assisti ao filme "A Guerra do Fogo" na Faculdade e, como trabalho para a aula de Humanidade, o professor pediu uma resenha crítica do filme. Decidi postá-la no blog, pois talvez seja interessante também para os leitores. Um aviso: "A Guerra do Fogo" é um daqueles filmes obrigatórios!


  Produzido em 1981, mas datado de milhões de anos atrás, o longa-metragem “A Guerra do Fogo”, dirigido por Jean-Jacques Annaud (O Nome da Rosa), mostra os primórdios da raça humana, logo após a descoberta do fogo, que é desejado por todas as tribos que o veem como símbolo de poder.

  O fogo era, então, a maior cobiça dos indivíduos e principal motivo de ataques e confrontos, e quando é roubado de uma comunidade por outra rival, cabe ao líder e seus dois companheiros partirem para recuperá-lo. Na busca pelo combustível, os homens passaram por diversas experiências fundamentais para o futuro processo de evolução; entre elas, a questão “homem x natureza (flora e fauna)”: há, no longa, uma cena em que os 3 homens, fugindo de tigres-dentes-de-sabre, procuram proteção em cima de uma árvore e um momento em que o líder procura estabelecer uma comunicação com um mamute, oferecendo-lhe comida, fazendo entender que o meio em que homens e animais vivem pode ter espaço suficiente para os dois e que uma forma de cooperação é possível. Mais tarde, o homem aprendera a domesticá-los.

 O comportamento racional humano em desenvolvimento também é colocado no filme, principalmente no momento em que um membro do grupo que parte pela busca do fogo cospe um pedaço de carne que comera, ao perceber que era humana; eles, portanto, tinha consciência de que o canibalismo, ou antropofagia, não devia ser praticado, diferente de outros grupos que aderiram o infeliz costume. Quanto ao comportamento sexual, as relações entre machos e fêmeas eram realizadas praticamente da mesma maneira que os outros animais, até o casal principal do filme criar uma maneira mais humana de praticar atos sexuais, “face a face”.

  Em “A Guerra do Fogo”, é notável que os grupos de humanos, apesar de primitivos, possuem um sistema de comunicação bem desenvolvido, para os seres pré-históricos, e, acima de tudo, uma cultura. Cada povo possuía sua forma de se expressar, costumes, maneiras de comunicação e técnicas que, com o tempo, foram passadas de indivíduo para indivíduo. Como exemplo, podemos citar a “receita” para fazer fogo, que era dominada apenas por um grupo, até o líder da tribo que buscava por fogo aprendera e, assim, não precisou mais guerrear pelo combustível. Fazendo o fogo, o homem poderia criar sua principal fonte de poder, sem auxílio de uma força maior, por assim dizer. Pode ser prudente afirmar que há características antropocêntricas no filme, ou, pelo menos, uma pequena introdução ao pensamento de o homem ser o centro de tudo.

  Quanto aos recursos técnicos, “A Guerra do Fogo” é um dos longas-metragens que melhor retrata a vida no tempo das cavernas, sendo muito elogiando por cientistas e historiadores, por possuir excelentes direções de arte, fotografia e maquiagem; este último recurso rendeu ao filme um prêmio Oscar, em 1983. Falando dos atores, todos parecem ter sido enviados de uma máquina do tempo, da pré-história para a atualidade. Ron Perlman (o Hellboy do cinema) atua como um membro do clã principal na sua estreia no cinema; mais tarde, em 1986, o ator voltaria a trabalhar com o diretor Jean-Jacques Annaud em “O Nome da Rosa”.

 No final, o filme nos faz refletir na cena de encerramento, em que o casal protagonista olha atentamente para a Lua, provavelmente pensando no que estava a vir pela frente, e a fêmea percebe que está grávida: Uma nova vida, para um possível novo mundo, com novas descobertas e tecnologias. Ao assistir “A Guerra do Fogo”, me perguntei: Será que também estamos próximos a evoluir para uma raça de inteligência superior? O que está por vir? Vamos ter uma descoberta tão importante quanto o fogo ou a eletricidade? É incrível como voltar ao passado, nos faz pensar tanto sobre o futuro.

4 comentários:

  1. Eu adorei sua resenha crítica sobre o filme, você o resumiu muito bem , ótimo trabalho !!!!

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  2. Nossa Perfeita! Muito Bom :)

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  3. Uma correção. o termo "homem pré-histórico" não é mais considerado correto pelos historiadores. Pois a História começa com o primeiro humanoide, para os historiadores mais antigos a História começa com a escrita, mas isso já não é mais levado em conta. Tirando isso, ótimo resenha.

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  4. Vlw vo cola de vc e para o meu trabalho de historia kkkkkkkkkk

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