sexta-feira, 1 de março de 2013

The Dark Side of the Moon - 40 Anos

Famosa capa do álbum
    Há 40 anos, exatamente no dia primeiro de março de 1973, a cultuada banda inglesa de rock progressivo Pink Floyd lançava o álbum que viria a ser indiscutivelmente sua maior obra-prima, assim como um dos mais importantes da história da música. The Dark Side of the Moon foi responsável por uma mudança sonora da banda, com letras de alto caráter filosófico, espiritual e até mesmo pessoal, pois os principais temas abordados são: cobiça, situação de espírito, envelhecimento acarretado com o que você deixa de fazer, problemas mentais, entre outros inspirados principalmente na saída de Syd Barret da banda em 1968, quando o músico e fundador do Pink Floyd adquiriu complicações mentais devido ao excesso de drogas e entorpecentes; houve também  a opção pelo uso de instrumentos musicais menores e novos porém difíceis efeitos de som, como pode-se escutar na canção “Time”.


    O clássico álbum levou quase de um ano para ser gravado. Suas gravações ocorreram nos estúdios da Abbey Road, em Londres, entres maio de 1972 e janeiro de 1973. Mais uma vez ao lado do produtor Alan Parsons (com quem já havia trabalhado no disco Atom Heart Mother), a banda usou técnicas mais avançadas disponíveis na época para realizar suas sessões, resolvendo que o estúdio da Abbey era o único que realizava Gravação Multicanal naquela época, que permitia o registro em separado de múltiplas fontes de som para criar um resultado final unido, como se todas as canções estivessem interligadas. Para The Dark Side of the Moon o Pink Floyd usava tantas fontes diferentes e fazia uso constante do equipamento que os custos diários superavam o de qualquer outro álbum até então.



História: 

Antigo Teatro Rainbow em Londres
  As ideias para a criação de The Dark Side of the Moon ocorreram após as gravações de Meddle (1971) quando o grupo reuniu-se para uma turnê pelo Reino Unido, EUA e Japão e enquanto ensaiavam nos estúdios Broadhurst Gardens surgiram as primeiras concepções para um novo material, embora aquilo não fosse prioridade na época, mas foi numa reunião na casa do baterista Nick Mason que Roger Waters propôs que o novo projeto fosse apresentado naquela turnê. Waters contou que sua principal ideia era realizar um álbum com canções que focassem em coisas que “cansassem as pessoas” e com letras mais pessoas, obtendo aprovação de todo o grupo. David Gilmour concordou pois acreditava que a banda poderia criar músicas com mensagens mais claras e objetivas do que indiretas, como já haviam feito anteriormente devido a saída de Syd Barret. Assim, juntamente com o tecladista, cantor e compositor Richard Wright, Mason, Waters e Gilmour focaram na gravação do novo material. O Pink Floyd começou a ensaiar o projeto em sigilo num pequeno armazém em Londres que pertencias aos Rolling Stones, mudando depois para o Teatro Rainbow.

  Antes mesmo de terminar as gravações das novas músicas, a banda decidiu realizar um concerto com elas no Rainbow, levando cerca de nove toneladas de equipamentos sonoros para o teatro. O novo projeto foi chamado temporariamente de “The Dark Side of the Moon”, porém ao descobrirem que o nome já fora usado em um disco do Medicine Head, em 1972, a banda resolveu mudar para “Eclipse”. Pouco depois, ao ser declarado que o álbum do Medicine fora um fracasso comercial, “The Dark Side of the Moon” voltou a ser o título do projeto. 

http://davidlfurtado.files.wordpress.com/2012/08/pink-floyd-the-dark-side-of-the-moon.jpg?w=560
Gilmour, Wright, Mason e Waters

  A ideia de um título que envolvia obscuridade em uma capa onde um feixe de luz atingia uma pirâmide e transformava-se em um arco-íris veio principalmente de Richard Wright. De acordo com teorias, os dois lados do prisma condizem com o lado A e B do disco que retratam, respectivamente, a negatividade da mente e da vida (representado pelo feixe monocromático) ou um mundo subjetivo e a objetividade de um mundo realista, violento e realista (colorido) que começa a partir da canção “Money”.

   A banda então iniciou a turnê The Darl Side of the Moon Tour, antes mesmo de concluírem as gravações do disco, e durou de 1972 até 1973. A cada apresentação, o grupo aperfeiçoava as canções, mudando acordes, acrescentando efeitos sonoros, entre outras coisas. O concerto Dark Side of the Moon: A Piece for Assorted Lunatics foi realizado pela primeira vez no Teatro Rainbow em 17 de fevereiro de 1972 com uma plateia formada apenas por jornalistas e críticos, que lhe atribuíram ao trabalho da banda bons comentários e críticas positivas, como a do jornal The Times que descreveu que o espetáculos trazia “lágrimas aos olhos”.
    
   Em primeiro de julho de 1972, a canção “Us and Them” foi a primeira faixa do álbum a ser gravada, seguida de “Money”, “Time” e “The Great Gig in the Sky”. Somente em janeiro de 1973, devido intensas interrupções que ocorreram durante as gravações do álbum.  que o restante das faixas foram concluídas

  

Lançamento e recepção

  A maior obra-prima do Pink Floyd foi lançado no primeiro dia de março de 1973. Como já fora afirmado, não se pode negar que The Dark Side of the Moon é um dos mais importantes trabalhos realizados na história da música, por conter letras extremamente inteligentes e marcantes, as mais belas canções e memoráveis acordes misturados com efeitos sonoros jamais escutados, revolucionando o gênero do Rock Progressivo. 

  O oitavo LP da banda Pink Floyd foi responsável por desenvolver a banda  um gigantesco sucesso comercial, tendo vendido mais de 15 milhões de cópias nos EUA e mais de 50 milhões mundialmente, ocupando a terceira posição na lista dos álbuns mais vendidos, ficando atrás apenas de Thriller (Michael Jackson) e Back In Black (AC/DC). A obra recebeu altos elogios da crítica especializada e do público, conquistando assim uma legião de fãs e admiradores.




The Dark Side of the Rainbow


  Todos os fãs da banda britânica, assim como amentes de cinema, conhecem a famosa lenda que foi apelidada de “The Dark Side of the Rainbow”, que afirma a existência de uma ligação sincrônica entre o filme O Mágico de Oz, de 1939, e o disco The Dark Side of the Moon, ao serem reproduzidos simultaneamente. O efeito aparenta realmente funcionar, tornando tal lenda uma das mais interessantes e enigmáticas da história da arte.  Há diversas partes em que uma obra corresponde a outra, tanto por fragmento de letras com momentos do filme quanto a sincronia. Nenhum membro da banda afirmou que tenha sido algo intencional. 

  

   Para melhor entender a teoria, que foi “criada” nos anos 90, você pode acessar o link: http://letrasincertas.blogspot.com.br/2011/08/pink-floyd-o-magico-de-oz-legendado.html, observar melhor a história, assistir aos vídeos, espantar-se e tirar suas próprias conclusões.






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