Cartaz do filme |
Criado por Merian C. Cooper, um cineasta americano e Edgar Wallace, escritor e dramaturgo inglês, King Kong foi primeiramente uma história transmitida por rádio. Após o sucesso entre os espectadores, os dois criadores do macaco gigante resolveram adaptar a história para o cinema. A pré-produção do longa teve início no começo dos anos 30, em meio a grande crise que assolou o mundo devido a quebra da Bolsa de Valores de Nova York. A grande depressão, de certa maneira, contribuíu para o sucesso de King Kong, pois o público buscava um pouco de entretenimento nos cinemas e teatros, longe das quilomêtricas filas para conseguir emprego e o caos das grandes cidades.
Edgar Wallace infelizmente faleceu antes de concluir o argumento da produção cinematográfica. Merian C. Cooper e Ernest B. Schoedsack produziram e dirigiram o filme a partir do roteiro escrito por James A. Creelman e Ruth Rose. Distribuído pelo estúdio da RKO Radio Pictures Film, o filme tem efeitos especiais bastantes avançados para sua época, que surpreendem até nos dias atuais. Fora usada uma nova técnica de montagem, onde o macaco que não passava de um pequeno boneco, movido a partir do estilo de animação "stop motion" (quadro a quadro) aparentava ser maior que os atores. As memoráveis cenas de luta entre Kong e os dinossauros do filme são consideradas um das mais bem feitas da história do cinema. É realmente incrível acreditar que em uma época de poucos recusos e uma crise que acabava com a economia mundial uma super produção como King Kong tenha sido realizado de maneira tão competente e revolucionária.
King Kong provou também que não só a Universal sabia fazer filmes de monstros que, apesar do baixo orçamento, eram adorados e temidos pelo público. A RKO de fato superou qualquer filme lançado pela Universal até aquela época, até mesmo o clássico Dracula com Bela Lugosi. Kong era algo novo e mais ousado, contendo até mesmo um pouco mais de violência e terror que qualquer filme sobre monstros. O filme, porém, mais ou menos trata-se de uma nova versão do clássico da literatura "A Bela e a Fera", quando o macaco gigante apaixona-se por uma indefesa garota interpretada pela bela e escandalosa atriz Fay Wray.
Fay Wray como Ann Darrow |
Provavelmente, uma das mais memoráveis cenas da história do cinema está presente nesse clássico filme de 1933, quando Kong sobre no Empire State Buiding com sua "amada" e enfrenta sua última batalha contra os aviões. Tal sequência tornou-se um dos principais símbolos de Hollywood e recebeu muitas homenagens e paródias.
King Kong teve sua pré-estreia em Nova York no dia 2 de março de 1933 e estreou oficialmente em 7 de abril daquele mesmo ano e logo virou atração principal em diversos cinemas nos EUA e no mundo. O primeiro filme rendeu alguma continuações e até mesmo um longa em que o macaco enfrenta o famoso monstro japonês Godzilla. Dois remakes no nível do clássico de 33 foram realizados: um em 1976, dirigido por John Guillermin e produzido por Dino De Laurentiis, e outro em 2005, em que o diretor Peter Jackson fez um trabalho tão bom quanto o original.
Apesar do sucesso, King Kong teve seu reconhecimento histórico somente em 1991, quando foi nomeado como "cultural, historica e esteticamente significante" e selcionado para preservação nos EUA pela Biblioteca do Congresso. O longa foi considerado pela revista Empire como o maior filme de monstro de todos os tempos. Sendo um dos prercursores do "cineama-pipoca", o filme ainda encanta a muitos amentes da sétima arte e em seus 80 anos de existência conquistou muitos fãs e admiradores, além de tornar o gorila de 8 metros de altura, a Oitava Maravilha do Mundo, como é conhecido em Nova York, um dos principais símbolos da cultura pop.
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