domingo, 7 de abril de 2013

King Kong - 80 anos da "Oitava Maravilha do Mundo"

Cartaz do filme
   Há oito décadas, um monstro invadia as telas de cinema, causando um "monstruoso" sucesso de bilheteria e crítica, ganhando fama e sendo considerado até hoje uma das figuras mais importantes do gêmero terror.

   Criado por Merian C. Cooper, um cineasta americano e Edgar Wallace, escritor e dramaturgo inglês, King Kong foi primeiramente uma história transmitida por rádio. Após o sucesso entre os espectadores, os dois criadores do macaco gigante resolveram adaptar a história para o cinema. A pré-produção do longa teve início no começo dos anos 30, em meio a grande crise que assolou o mundo devido a quebra da Bolsa de Valores de Nova York. A grande depressão, de certa maneira, contribuíu para o sucesso de King Kong, pois o público buscava um pouco de entretenimento nos cinemas e teatros, longe das quilomêtricas filas para conseguir emprego e o caos das grandes cidades.

    Edgar Wallace infelizmente faleceu antes de concluir o argumento da produção cinematográfica. Merian C. Cooper e Ernest B. Schoedsack produziram e dirigiram o filme a partir do roteiro escrito por James A. Creelman e Ruth Rose. Distribuído pelo estúdio da RKO Radio Pictures Film, o filme tem efeitos especiais bastantes avançados para sua época, que surpreendem até nos dias atuais. Fora usada uma nova técnica de montagem, onde o macaco que não passava de um pequeno boneco, movido a partir do estilo de animação "stop motion" (quadro a quadro) aparentava ser maior que os atores. As memoráveis cenas de luta entre Kong e os dinossauros do filme são consideradas um das mais bem feitas da história do cinema. É realmente incrível acreditar que em uma época de poucos recusos e uma crise que acabava com a economia mundial uma super produção como King Kong tenha sido realizado de maneira tão competente e revolucionária.

    King Kong provou também que não só a Universal sabia fazer filmes de monstros que, apesar do baixo orçamento, eram adorados e temidos pelo público. A RKO de fato superou qualquer filme lançado pela Universal até aquela época, até mesmo o clássico Dracula com Bela Lugosi. Kong era algo novo e mais ousado, contendo até mesmo um pouco mais de violência e terror que qualquer filme sobre monstros. O filme, porém, mais ou menos trata-se de uma nova versão do clássico da literatura "A Bela e a Fera", quando o macaco gigante apaixona-se por uma indefesa garota interpretada pela bela e escandalosa atriz Fay Wray.


Fay Wray como Ann Darrow
 
   Provavelmente, uma das mais memoráveis cenas da história do cinema está presente nesse clássico filme de 1933, quando Kong sobre no Empire State Buiding com sua "amada" e enfrenta sua última batalha contra os aviões. Tal sequência tornou-se um dos principais símbolos de Hollywood e recebeu muitas homenagens e paródias.

    King Kong teve sua pré-estreia em Nova York no dia 2 de março de 1933 e estreou oficialmente em 7 de abril daquele mesmo ano e logo virou atração principal em diversos cinemas nos EUA e no mundo. O primeiro filme rendeu alguma continuações e até mesmo um longa em que o macaco enfrenta o famoso monstro japonês Godzilla. Dois remakes no nível do clássico de 33 foram realizados: um em 1976, dirigido por John Guillermin e produzido por Dino De Laurentiis, e outro em 2005, em que o diretor Peter Jackson fez um trabalho tão bom quanto o original.

    Apesar do sucesso, King Kong teve seu reconhecimento histórico somente em 1991, quando foi nomeado como "cultural, historica e esteticamente significante" e selcionado para preservação nos EUA pela Biblioteca do Congresso. O longa foi considerado pela revista Empire como o maior filme de monstro de todos os tempos. Sendo um dos prercursores do "cineama-pipoca", o filme ainda encanta a muitos amentes da sétima arte e em seus 80 anos de existência conquistou muitos fãs e admiradores, além de tornar o gorila de 8 metros de altura, a Oitava Maravilha do Mundo, como é conhecido em Nova York, um dos principais símbolos da cultura pop.










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