Wolverine – Imortal (The Wolverine) era um dos filmes de
grandes expectativas do ano. Após o fraquíssimo X-Men Origens: Wolverine (2009),
os estúdios da Fox decidiram realizar um filme definitivo do famoso anti-herói
da Marvel. A ideia era se basear na
clássica HQ “Eu, Wolverine”, de Chris Claremont e Frank Miller, que se passa no
Oriente. O longa, porém, apesar de se esforçar para ser um filme bem feito que
o personagem merece, parece fugir das melhores ideias da HQ.
Tal fato não deixa o
filme ruim, mas também não muito interessante. O desfecho da história em
quadrinhos foca no amor de Wolverine pela japonesa Mariko, lutando, assim, por
ela ao descobrir diversas barreiras entre a relação dos dois. Nos cinemas, a
trama romântica, que funcionaria para, enfim, mostrar um lado humano do
anti-herói e sua luta em busca da honra, fora substituída por uma cura para a imortalidade,
oferecida ao mutante por um rico empresário japonês que ele havia sido salvo
por ele em Nagasaki, durante o ataque nuclear (cena de abertura do filme digna
de grandes elogios). A “mortalidade”, obviamente, tira os poderes de cura de
Logan (Hugh Jackman), fazendo-o se esforçar o máximo que pode para proteger
Mariko (no filme, interpretada por Tao Okamoto) de mafiosos.
Wolverine – Imortal,
apesar de modificar a trama central da HQ, não deixa de ter uma boa exploração
do psicológico de Logan que, ainda deprimido com a morte de Jean (Franje
Janssen), começa a vê-la em sonhos, alguns deles perturbadores, e decide se
afastar dos X-Men (o filme se passa alguns anos após de X-Men: O Confronto
Final, de 2006), para viver em paz e fingir não se importar com o mundo afora,
pois seu último ato resultou na morte da mulher que amava. Há uma pequena
história de superação por trás do enredo de Wolverine – Imortal, o
que pode agradar fãs cinéfilos de super-heróis e, talvez, alguns admiradores
das HQs. Outro ponto positivo do filme é o desenvolvimento dos personagens,
mesmo sendo eles diferentes da história em quadrinhos. Há uma boa química entre
Logan e Mariko, tendo, os dois, vários momentos juntos; a mutante Yukio
(Interpretada pela modelo Rila Fukushima) é uma personagem coadjuvante que é
impossível não gostar, sendo umas das melhores do filme, depois do
protagonista. Infelizmente, o mesmo não se pode ser dito dos antagonistas. A
mudança de vilão principal para Viper (Svetlana Khodchenkova), deixando o
Samurai de Prata apenas para o final (este vilão, no filme, com origem
decepcionante), não foi uma boa decisão; apesar da vilã ser uma boa personagem,
não era necessária para o filme.
Como sempre, Hugh
Jackman interpreta o Wolverine da sua melhor maneira, como vem fazendo desde
2000; Não se pode negar que Jackman nasceu para o papel do mutante mais famoso
da Marvel.
Um fato que torna Wolverine
- Imortal incontável mente superior ao filme de 2009 é seu equilíbrio. A
direção de James Mangold (Os Indomáveis, Johnny e June), novato em filmes de
super-herói, trás o verdadeiro limite entre história e ação, o que não existe
em X-Men
Origens: Wolverine. Cenas de ação com cambalhotas e efeitos-visuais
exagerados mal estão presentes no filme, o que é bom. Pode-se dizer que as
cenas de ação do longa são menos cansativas de se ver, diferentes de filmes
atuais do mesmo gênero.
Como já foi declarado
por Chris Claremont, um dos criadores da HQ “The Wolverine”, o filme é ótimo
nos dois primeiros atos, mas se perde no terceiro, o que é verdade. Do meio
para o fim do filme, a trama perde sua essência e começa a explorar coisas
desnecessárias para a trama. No final, o filme fica um tanto confuso, sem falar
na leve decepção que pode causar. E resumo, Wolverine – Imortal é um filme que
merecia ter um final tão bom quanto seu começo e meio. Possa ser que a cena pós-créditos (fiquem
todos até o final!) tira o gosto ruim da boca de quem não aprovou o desfecho do
longa. Tal cena pode ser considerada uma pequena introdução ao próximo filme da
Marvel que centrará nos X-Men do passado e futuro: X-Men – Dias de um Futuro
Esquecido.
Wolverine – Imortal (The Wolverine)
Direção: James Mangold
Produção: Lauren
Shuler Donner, Hutch Parker, John Palermo e Hugh Jackman
Roteiro: Christopher
McQuarrie e Mark Bomback
Trilha sonora: Marco Beltrami
Elenco: Hugh Jackman, Famke Janssen, Svetlana Khodchenkova,
Hal Yamanouchi, Tao Okamoto, Rila Fukushima, entre outros.
Nota: 7
Salas e horários (PE): Boa Vista 3 (dub). 14h30, 17h10,
19h50.
Boa Vista 4 (dub). 13h, 15h40, 18h20, 21h.
Caruaru 1 (dub). 15h10, 18h10, 21h.
Caruaru 4 (3D). 13h (dub), 15h50 (dub), 18h40 (dub), 21h30.
Cinépolis Guararapes 1 (dub). 14h10, 17h, 20h, 22h40 (sex e
sáb).
Cinépolis Guararapes 6 (dub). 12h (exceto dom), 14h40,
17h30, 20h30.
Cinépolis Guararapes 7 (3D). 13h (dub), 15h45, 18h45 (dub),
21h45.
Cinépolis Guararapes 8 (dub). 13h30, 16h20, 19h30.
Eldorado 1 (dub). 13h40, 16h10, 18h40, 21h15.
Plaza 5. 13h, 15h40, 18h30, 21h10, 23h50*.
Recife 1 (3D – dub). 13h, 15h40, 18h20, 21h, 23h40.
Recife 3 (3D). 13h20, 16h, 18h40, 21h20, 0h, 0h01 (sex).
Recife 7. 13h40, 16h20, 19h, 21h45.
Recife 10 (3D – dub). 0h01 (sex).
RioMar 2 (3D). 11h30, 14h30, 17h30, 20h30, 23h30*.
RioMar 8 (dub). 13h10, 16h10, 19h10, 22h10.
RioMar 12 (3D). 12h10 (dub), 15h10, 18h10 (dub), 21h10, 0h10.
Rosa e Silva 1 (3D). 21h.
Rosa e Silva 2 (dub). 13h40, 16h10, 18h40, 21h10.
Tacaruna 1 (3D). 13h30 (dub), 16h10 (dub), 18h50 (dub),
21h30 (dub), 0h05.
Tacaruna 3 (3D). 0h01 (sex).
Tacaruna 6 (dub). 13h, 15h40, 18h20, 21h05, 23h45.
Tacaruna 8 (dub). 0h01 (sex).