terça-feira, 30 de julho de 2013

Wolverine - Imortal: Crítica

 Wolverine – Imortal (The Wolverine) era um dos filmes de grandes expectativas do ano. Após o fraquíssimo X-Men Origens: Wolverine (2009), os estúdios da Fox decidiram realizar um filme definitivo do famoso anti-herói da Marvel. A ideia era se basear na clássica HQ “Eu, Wolverine”, de Chris Claremont e Frank Miller, que se passa no Oriente. O longa, porém, apesar de se esforçar para ser um filme bem feito que o personagem merece, parece fugir das melhores ideias da HQ.
  Tal fato não deixa o filme ruim, mas também não muito interessante. O desfecho da história em quadrinhos foca no amor de Wolverine pela japonesa Mariko, lutando, assim, por ela ao descobrir diversas barreiras entre a relação dos dois. Nos cinemas, a trama romântica, que funcionaria para, enfim, mostrar um lado humano do anti-herói e sua luta em busca da honra, fora substituída por uma cura para a imortalidade, oferecida ao mutante por um rico empresário japonês que ele havia sido salvo por ele em Nagasaki, durante o ataque nuclear (cena de abertura do filme digna de grandes elogios). A “mortalidade”, obviamente, tira os poderes de cura de Logan (Hugh Jackman), fazendo-o se esforçar o máximo que pode para proteger Mariko (no filme, interpretada por Tao Okamoto) de mafiosos.

  Wolverine – Imortal, apesar de modificar a trama central da HQ, não deixa de ter uma boa exploração do psicológico de Logan que, ainda deprimido com a morte de Jean (Franje Janssen), começa a vê-la em sonhos, alguns deles perturbadores, e decide se afastar dos X-Men (o filme se passa alguns anos após de X-Men: O Confronto Final, de 2006), para viver em paz e fingir não se importar com o mundo afora, pois seu último ato resultou na morte da mulher que amava. Há uma pequena história de superação por trás do enredo de Wolverine – Imortal, o que pode agradar fãs cinéfilos de super-heróis e, talvez, alguns admiradores das HQs. Outro ponto positivo do filme é o desenvolvimento dos personagens, mesmo sendo eles diferentes da história em quadrinhos. Há uma boa química entre Logan e Mariko, tendo, os dois, vários momentos juntos; a mutante Yukio (Interpretada pela modelo Rila Fukushima) é uma personagem coadjuvante que é impossível não gostar, sendo umas das melhores do filme, depois do protagonista. Infelizmente, o mesmo não se pode ser dito dos antagonistas. A mudança de vilão principal para Viper (Svetlana Khodchenkova), deixando o Samurai de Prata apenas para o final (este vilão, no filme, com origem decepcionante), não foi uma boa decisão; apesar da vilã ser uma boa personagem, não era necessária para o filme.

 Como sempre, Hugh Jackman interpreta o Wolverine da sua melhor maneira, como vem fazendo desde 2000; Não se pode negar que Jackman nasceu para o papel do mutante mais famoso da Marvel.

  Um fato que torna Wolverine - Imortal incontável mente superior ao filme de 2009 é seu equilíbrio. A direção de James Mangold (Os Indomáveis, Johnny e June), novato em filmes de super-herói, trás o verdadeiro limite entre história e ação, o que não existe em X-Men Origens: Wolverine. Cenas de ação com cambalhotas e efeitos-visuais exagerados mal estão presentes no filme, o que é bom. Pode-se dizer que as cenas de ação do longa são menos cansativas de se ver, diferentes de filmes atuais do mesmo gênero.

 Como já foi declarado por Chris Claremont, um dos criadores da HQ “The Wolverine”, o filme é ótimo nos dois primeiros atos, mas se perde no terceiro, o que é verdade. Do meio para o fim do filme, a trama perde sua essência e começa a explorar coisas desnecessárias para a trama. No final, o filme fica um tanto confuso, sem falar na leve decepção que pode causar. E resumo, Wolverine – Imortal é um filme que merecia ter um final tão bom quanto seu começo e meio.  Possa ser que a cena pós-créditos (fiquem todos até o final!) tira o gosto ruim da boca de quem não aprovou o desfecho do longa. Tal cena pode ser considerada uma pequena introdução ao próximo filme da Marvel que centrará nos X-Men do passado e futuro: X-Men – Dias de um Futuro Esquecido.



Wolverine – Imortal (The Wolverine)
Direção: James Mangold
Produção: Lauren Shuler Donner, Hutch Parker, John Palermo e Hugh Jackman
Roteiro: Christopher McQuarrie e Mark Bomback
Trilha sonora: Marco Beltrami
Elenco: Hugh Jackman, Famke Janssen, Svetlana Khodchenkova, Hal Yamanouchi, Tao Okamoto, Rila Fukushima, entre outros.
Nota: 7

Salas e horários (PE): Boa Vista 3 (dub). 14h30, 17h10, 19h50.
Boa Vista 4 (dub). 13h, 15h40, 18h20, 21h.
Caruaru 1 (dub). 15h10, 18h10, 21h.
Caruaru 4 (3D). 13h (dub), 15h50 (dub), 18h40 (dub), 21h30.
Cinépolis Guararapes 1 (dub). 14h10, 17h, 20h, 22h40 (sex e sáb).
Cinépolis Guararapes 6 (dub). 12h (exceto dom), 14h40, 17h30, 20h30.
Cinépolis Guararapes 7 (3D). 13h (dub), 15h45, 18h45 (dub), 21h45.
Cinépolis Guararapes 8 (dub). 13h30, 16h20, 19h30.
Eldorado 1 (dub). 13h40, 16h10, 18h40, 21h15.
Plaza 5. 13h, 15h40, 18h30, 21h10, 23h50*.
Recife 1 (3D – dub). 13h, 15h40, 18h20, 21h, 23h40.
Recife 3 (3D). 13h20, 16h, 18h40, 21h20, 0h, 0h01 (sex).
Recife 7. 13h40, 16h20, 19h, 21h45.
Recife 10 (3D – dub). 0h01 (sex).
RioMar 2 (3D). 11h30, 14h30, 17h30, 20h30, 23h30*.
RioMar 8 (dub). 13h10, 16h10, 19h10, 22h10.
RioMar 12 (3D). 12h10 (dub), 15h10, 18h10 (dub), 21h10, 0h10.
Rosa e Silva 1 (3D). 21h.
Rosa e Silva 2 (dub). 13h40, 16h10, 18h40, 21h10.
Tacaruna 1 (3D). 13h30 (dub), 16h10 (dub), 18h50 (dub), 21h30 (dub), 0h05.
Tacaruna 3 (3D). 0h01 (sex).
Tacaruna 6 (dub). 13h, 15h40, 18h20, 21h05, 23h45.
Tacaruna 8 (dub). 0h01 (sex).

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