segunda-feira, 1 de julho de 2013

Guerra Mundial Z - Crítica

 A popularidade dos zumbis está, de fato, maior do que a dos vampiros. As criaturas mortas-vivas que devoram cérebros foram primeiramente populares devido aos filmes de George A. Romero, cineasta que praticamente criou o subgênero “zumbi”.  Após um pequeno período de esquecimento, a influência dos zumbis tornou-se maior graças à estreia da série de TV The Walking Dead, baseada em histórias em quadrinhos que também ganharam reconhecimento.

 Das criaturas medonhas famosas da cultura pop, talvez o Zumbi seja realmente a mais digna de curiosidade. Cientistas não negam uma possível epidemia que resulte numa situação semelhante a um apocalipse zumbi e há quem já esteja se preparando para um não tão impossível ataque. Sendo assim, devido a incrível popularidade de tais criaturas, a cada ano é lançado um longa-metragem sobre determinado tema. Em 2013, o lançamento de gênero “apocalipse zumbi” mais aguardado era, sem dúvida, Guerra Mundial Z (Wolrd War Z).

  Dirigido por Marc Foster (Quantum of Solace, Em Busca da Terra do Nunca), Guerra Mundial Z é baseado no livro do escritor americano Max Brooks, World War Z: An Oral History of the Zombie War (2006), continuação da outra obra do autor O Guia de Sobrevivência a Zumbis (2003), que é um relato em primeira pessoa sobre uma guerra entre humanos e zumbis. O longa-metragem se difere do livro por não ter formato de história oral, sem relatos de sobreviventes ao redor do mundo, utilizando ideias semelhantes da obra misturadas com uma história original sem grandes novidades para um filme apocalíptico.

  Juntar elementos presentes no livro com novas ideias, ou seja, típicos clichês que quase sempre estão presentes em filmes do gênero talvez tenha sido o maior ponto negativo de Guerra Mundial Z. Boas ideias acabaram camufladas por clichês, reviravoltas pouco entusiasmantes que, provavelmente, foram sequelas dos contratempos e atrasos ocorridos durante a produção do filme. A contratação de Damon Lindelof (Prometheus) para reescrever o roteiro, mudando o final, fora outro fato ocorrido na produção do filme que contribuiu com seu resultado previsível.

  Brad Pitt se esforçar para dar o seu melhor e até consegue representar seu papel de pai preocupado, ex-investigador da ONU, que parte para uma missão de descobrir uma possível cura para a epidemia que assola o mundo. Tirando seu esforço que, ora funciona, ora não, Pitt apenas reprisa o papel de herói norte-americano de um filme-catástrofe. Outros nomes, poucos conhecidos, no elenco também interpretam personagens bastante comuns em filmes do gênero: a esposa preocupada; duas filhas indefesas; agentes da ONU e do governo; fuzileiros e cientistas. As atuações em geral, tirando a de Pitt, não agradam, nem atribuem ao filme uma emoção que este merecia.

 Muita gente achou estranha a rapidez dos zumbis do filme e seus aspectos menos “mortos-vivos”. Algo no filme que me agradou foi, de fato, a tal agilidade das criaturas e suas aparências menos sanguinolentas e mais infectadas. O filme, afinal, trata-se de um vírus e os produtores decidiram fazer algo diferente com os zumbis, voltando-se mais para a ciência do que a fantasia. Em Guerra Mundial Z, quando a pessoa é infectada, transforma-se em questão de segundos e não precisa necessariamente morrer para tornar-se um zumbi, o que ficou cientificamente impossível, pois ninguém sente os sintomas de imediato quando se contamina com qualquer tipo de vírus; mas cinematograficamente aprovável. 

  Além dos diferentes zumbis, outro acerto do filme são suas sequências de ação, rápidas em alguns momentos, eletrizantes em outros, e seus deslumbrantes efeitos visuais. Duas cenas que se destacam são a da montanha de zumbis que tentam ultrapassar um muro construído em Israel para impedir um pior ataque dos bichos e uma ótima cena no avião. A maioria dos zumbis do filme foi feita digitalmente, mas alguns são atores por baixo de uma bem feita e não tão chamativa maquiagem.

 No final, Guerra Mundial Z é um filme dividido entre erros e alguns acertos que conseguem livrar o filme de uma verdadeira decepção. O longa-metragem funciona para quem gosta de filmes do gênero, mas é difícil agradar a quem espera por grandes novidades. O resultado pode não ter sido dos melhores, mas espero uma continuação que surpreenda mais o público. 

Guerra Mundial Z (World War Z)
Direção: Marc Foster
Produção: Dede Gardner, Jeremy Kleiner, Ian Bryce, Brad Pitt.
Roteiro: Max Brooks (livro), Matthew Michael Carnahan, Drew Goddard, Damon Lindelof, J. Michael Straczynski.
Trilha Sonora: Marco Beltrami.
Elenco: Brad Pitt, Mireille Enos, Daniella Kertesz, James Badge Dale, Fana Mokoena, Pierfrancesco Favino, entre outros.
Nota: 6,0

Salas e horários (PE):  Boa Vista 1 (dub). 13h, 15h25, 17h50, 20h15.
Boa Vista 5 (dub). 13h45, 16h10, 18h35, 21h.
Box 1 (dub). 13h20, 16h, 18h40, 21h10.
Box 7. 14h10, 16h50, 19h20, 22h (dub – exceto dom).
Box 10. 12h40, 15h20, 17h50, 20h25.
Caruaru 3 (dub). 18h30, 21h.
Caruaru 4 (3D). 19h (dub), 21h30.
Costa Dourada 3 (3D – dub). 13h15, 15h40, 18h05, 20h40.
Eldorado 1 (dub). 14h10, 16h30, 18h50, 21h10.
Plaza 2. 13h, 15h30, 18h, 20h30, 23h.
Plaza 5. 18h30, 21h, 23h30.
Recife 1. 12h (sáb, dom), 14h30, 17h, 19h30, 22h.
Recife 5 (dub). 12h30 (sáb, dom), 15h, 17h30, 20h05, 22h35.
Recife 8 (3D – dub). 13h30, 16h05, 18h35, 23h55.
Recife 10 (3D). 13h, 15h30, 18h05, 20h35, 23h05.
RioMar 2 (3D). 12h20, 15h10, 18h, 20h50, 23h35.
RioMar 12 (3D). 15h50 (dub), 18h30 (dub), 15h40, 21h20, 0h15.
Rosa e Silva 1. 18h40, 21h.
Rosa e Silva 2. 14h10, 16h30, 18h50, 21h10.
Tacaruna 1 (3D – dub). 12h (sáb, dom), 14h30, 17h, 19h30, 22h.
Tacaruna 3 (3D). 13h10 (dub), 15h40 (dub), 18h20, 20h50 (exceto dom), 23h45.
Tacaruna 6 (dub). 14h, 16h30, 19h, 21h30, 0h


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