De fato, o mundo precisava de uma nova franquia de filmes do Superman. Não só por ser um dos super-heróis mais influentes da cultura pop, mas sua verdadeira importância está em todas as suas histórias. Particularmente, não vejo herói que tenha uma origem tão inteligente e criativa quanto à do Homem de Aço. Pode-se afirmar que o super-herói, criado por Joe Shuster e Jerry Siegel, na década de 30, é uma das primeiras mitologias artísticas do século XX; impossível não estabelecer uma ligação entre o herói e passagens da Bíblia, ou à Odisseia e a Ilíada de Homero. Há quem diga que Superman é a representação de Jesus para a cultura pop, devido às semelhanças entre as histórias e a missão de tornar-se o “Salvador” e principal símbolo que mostre para as pessoas que nada está perdido.
O Homem de Aço (Man of Steel) é um filme que procurar mostrar com mais clareza a importância da mitologia do herói da DC Comics, dando ênfase a um verdadeiro porquê de o herói ter sido enviado para Terra e qual seu objetivo para com seu novo povo. A ideia é genial, não se pode negar. Porém, a decisão de desenvolvê-la de forma tão complexa, não poupando detalhes e mais detalhes, talvez não tenha sido uma das melhores. Digamos que o longa-metragem é complexo demais para um primeiro filme, utilizando informações demais, porém em tempo de menos. Em resumo, o que devia ser utilizado nos próximos filmes (uma sequência já fora confirmada) foi encaixado no longa de origem, como um objeto que impede de fechar a mala do carro quando está cheia. Apesar das quedas na tentativa de alcançar altos voos, O Homem de Aço não deixa de ser outro grande filme do Zack Snyder baseada em quadrinhos.
O Homem de Aço (Man of Steel) é um filme que procurar mostrar com mais clareza a importância da mitologia do herói da DC Comics, dando ênfase a um verdadeiro porquê de o herói ter sido enviado para Terra e qual seu objetivo para com seu novo povo. A ideia é genial, não se pode negar. Porém, a decisão de desenvolvê-la de forma tão complexa, não poupando detalhes e mais detalhes, talvez não tenha sido uma das melhores. Digamos que o longa-metragem é complexo demais para um primeiro filme, utilizando informações demais, porém em tempo de menos. Em resumo, o que devia ser utilizado nos próximos filmes (uma sequência já fora confirmada) foi encaixado no longa de origem, como um objeto que impede de fechar a mala do carro quando está cheia. Apesar das quedas na tentativa de alcançar altos voos, O Homem de Aço não deixa de ser outro grande filme do Zack Snyder baseada em quadrinhos.
Snyder, que
consagrou em filmes baseados em HQs (Watchmen e 300), assume a direção dando o
seu melhor. O roteiro foi desenvolvido por Christopher Nolan, cineasta que pode
ser considerado o “ressuscitador” do Batman, juntamente com David S. Goyer; a
dupla escreve o filme que, primeiramente, se passa em Krypton, onde há uma
maior exploração do Planeta natal do Superman nunca feita antes nos cinemas
que, apesar do visual “Avatar”, ficou ótima e bem empregada na trama. Na Terra,
a vida do Superman (Clark Kent/Kal-El) é muito bem mostrada e nota-se um herói
mais humano que o normal, o que pode ser mais entendido no final do filme; direi
nada mais que isso, para não divulgar possíveis spoilers.
Talvez, o que me
admirou realmente em Homem de Aço foi o elenco que, primeiramente, não levei
muita fé; mas, com o desenrolar do filme, todos os atores provaram ser muito
competentes para com seus papéis. Tenho que admitir que Henry Cavill conseguiu
interpretar um ótimo Superman, sendo, na minha opinião, o segundo melhor ator
que interpretou o personagem, ficando atrás do saudoso Christopher Reeve.
Michael Shannon está excepcional como o vilão General Zod, sendo maligno,
inteligente e vingativo em todos os momentos; Amy Adams fez uma curiosa, simpática
e bonita Lois Lane, que participa ativamente da história, não sendo apenas uma
mocinha pedindo resgate; Russell Crowe não foi um Jor-El à altura de Marlon
Brando, mas não deixou de ser o grande mentor e pai de homem de aço no filme.
No final, o resultado das atuações, tanto quanto o desenvolvimento de todos os
personagens são aprovadíssimas.
Em 2006, foi lançado
o filme Superman O Retorno (Superman Returns), dirigido por Brian Singer,
cineasta que “ressuscitou” os X-Men. Sucesso de bilheteria, fracasso de
crítica, o filme foi altamente julgado por ter poucas e rápidas cenas de ação.
Em Man of Steel, o público pode reclamar do excesso de ação movimentada, com
efeitos visuais bonitos, mas extremamente, exagerados (muito já compararam a
ação desenfreada com Transformers e Os Vingadores) que, infelizmente, tornam o
que deviam ser momentos entusiasmantes em cansativos. Obviamente, é essencial
que qualquer filme do gênero tenha seus grandes momentos de ação e efeitos
especiais, mas, é preciso favorecer um limite para evitar tamanhos exageros.
Hans Zimmer, grande
compositor de trilhas sonoras de filmes, que deu um absoluto show na música da
nova franquia de Batman, infelizmente, não consegue criar um tema apropriado
para o Superman. Faixas mais lentas do que empolgantes ou épicas não condizem
com o ritmo acelerado do filme. A trilha sonora não é ruim, mas deixou a desejar.
Nada é mais certo que nenhum compositor irá superar o trabalho realizado por
John Williams (este sim o verdadeiro mestre), criador do tema que deixa
qualquer um com vontade de voar, para o filme de 1978, de Richard Donner.
O Homem de Aço não é bem um
filme digno do Superman, mas um filme necessário. Após 2 bons longas-metragens
(1978 e 1980) e outros três completamente dispensáveis, o super-herói merecia,
de fato, um mesmo recomeço que fora garantido ao Batman. Com certeza, a nova
produção irá agradar alguns fãs, mas poderá também não descer bem para alguns.
O público que adora filmes com pancadaria, efeitos visuais e diversão, terá um
bom aproveitamento ao assistir o filme que, provavelmente, foi o mais esperado
dos últimos anos. Acredito que os próximos filmes aprenderão com as falhas do primeiro,
alcançando, assim, maiores altitudes.
O Homem de Aço (Man of Steel)
Direção: Zack Snyder
Produção: Charles
Roven, Christopher Nolan, Emma Thomas e Deborah Snyder
Roteiro: Christopher Nolan e David S. Goyer
Trilha
sonora: Hans Zimmer
Elenco:
Henry Cavill, Russell Crowe, Kevin Costner, Amy Adams, Laurence Fishburne,
Michael Shannon, Diane Lane, entre outros.
Nota: 7,5
Salas e horários (PE): Boa Vista 1 (dub). 18h, 20h50.
Boa Vista 6 (dub). 14h, 16h50, 19h40.
Box 1 (dub). 13h30, 16h40, 19h50, 22h40 (exceto dom).
Box 6. 12h30 (dub), 18h40 (dub), 21h40 (dub), 15h40.
Box 7 (3D). 13h (dub), 16h10 (dub),19h20 (dub), 22h10
(exceto dom).
Box 8 (dub). 12h (exceto dom), 15h10, 18h10, 21h10.
Caruaru 4 (3D - dub). 15h05, 18h, 21h.
Costa Dourada 2 (3D - dub). 14h50, 17h40, 20h30.
Plaza 5 (3D). 13h05 (dub), 16h, 18h55, 21h50.
Recife 1 (3D - dub). 12h15 (sáb, dom), 15h10, 18h05, 21h,
23h55.
Recife 3 (3D). 13h, 15h55, 18h50, 21h45.
Recife 7 (dub). 13h45, 16h40, 19h40, 22h35.
RioMar 2 (3D). 12h50, 16h, 19h05, 22h20.
RioMar 8 (dub). 11h10, 14h30, 17h50, 21h05, 0h10
RioMar 12 (3D). 12h10, 15h25, 18h40, 21h50.
Rosa e Silva 1 (3D). 21h.
Rosa e Silva 2 (dub). 14h50, 17h50, 20h50.
Tacaruna 1 (3D - dub). 13h, 15h55, 18h50, 21h45.
Tacaruna 7 (dub). 14h, 16h55, 19h50, 22h45
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