Planeta dos Macacos - O Confronto, continuação de Planeta dos Macacos - A Origem, ganhou seu primeiro teaser trailer. O vídeo tem menos de dois minutos e mostra poucas cenas do novo filme, porém dá uma ideia de que pode ser tão épico quanto o longa-metragem anterior, que foi o maior sucesso da Fox em 2011.
Confira o vídeo:
O filme mostrará César (Andy Serkis), líder da nação cada vez mais crescente de macacos geneticamente evoluídos, e um grupo de humanos sobreviventes da devastação virótica. Embora macacos e humanos tenham estabelecido uma trégua, ela não vai durar para sempre. Também estão no elenco: Gary Oldman, Jason Clarke, Keri Russell, entre outros.
Veja também 4 cartazes individuais de macacos com pintura de guerra, do filme:
Dirigido por Matt Reeves (Cloverfield - O Monstro) o novo filme dos símios estreia em 25 de julho no Brasil.
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Ben Whishaw confirmado na cinebiografia de Freddie Mercury
O ator britânico Ben Whishaw (007: Operação Skyfall) vai mesmo estrelar a cinebiografia do músico Freddie Mercury, vocalista da banda Queen. O ator era o favorito dos outros 3 integrantes da banda. Sacha Baron Cohen foi o primeiro nome ligado ao projeto, mas deixou o filme por "diferenças criativas" com os músicos.
O longa se passará nos anos de formação do Queen, até o show no Live Aid, em 1985, deixando de fora a doença e os últimos anos de Mercury.
O filme, ainda sem título definido, tem o roteiro de Peter Morgan (Rush). O produtor Graham King tem o direito de uso das músicas "Bohemian Rhapsody", "We Will Rock You", "We Are the Champions", "Another One Bites The Dust" e "You're My Best Friend". Dexter Fletcher assumirá a direção.
O longa se passará nos anos de formação do Queen, até o show no Live Aid, em 1985, deixando de fora a doença e os últimos anos de Mercury.
O filme, ainda sem título definido, tem o roteiro de Peter Morgan (Rush). O produtor Graham King tem o direito de uso das músicas "Bohemian Rhapsody", "We Will Rock You", "We Are the Champions", "Another One Bites The Dust" e "You're My Best Friend". Dexter Fletcher assumirá a direção.
Globo de Ouro 2014 - Indicados
Foi divulgada ontem, pela Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood, a lista de indicados ao prêmio Globo de Ouro. A cerimônia de entrega será apresentada pelas atrizes Tina Fey e Amy Poehler e acontecerá no dia 12 de janeiro, premiando os sucessos do cinema e da TV de 2014.
Os filmes 12 Anos de Escravidão e Trapaça lideram com 7 indicações. Na lista do prêmio de Melhor Filme Dramático, estão, junto com os dois anteriormente citados: Gravidade, Capitão Phillips, Philomena e Rush - No Limite da Emoção.
Veja a lista completa, abaixo:
Os filmes 12 Anos de Escravidão e Trapaça lideram com 7 indicações. Na lista do prêmio de Melhor Filme Dramático, estão, junto com os dois anteriormente citados: Gravidade, Capitão Phillips, Philomena e Rush - No Limite da Emoção.
Veja a lista completa, abaixo:
Melhor filme (drama)
12 Years a Slave
Capitão Phillips
Gravidade
Philomena
Rush - No Limite da Emoção
Melhor filme (musical / comédia)
Trapaça
Ela
Inside
Llewyn Davis
Nebraska
O Lobo de
Wall Street
Melhor ator
(drama)
Chiwetel
Ejiofor - 12 Years a Slave
Idris Elba
- Mandela: Long Walk to Freedom
Tom Hanks -
Capitão Phillips
Matthew
McConaughey - Dallas Buyers Club
Robert
Redford - All is Lost
Melhor
atriz (drama)
Cate
Blanchett - Blue Jasmine
Sandra
Bullock - Gravidade
Judy Dench
- Philomena
Emma Thompson - Walt nos Bastidores de Mary Poppins
Kate Winslet - Refém da Paixão
Melhor ator (musical / comédia)
Christian
Bale - Trapaça
Bruce Dern
- Nebraska
Leonardo Dicaprio - O Lobo de Wall Street
Oscar Isaac - Inside Llewyn Davis
Joaquin Phoenix – Ela
Melhor atriz (musical / comédia)
Amy Adams - Trapaça
Julie Delphy - Antes da Meia-Noite
Greta Gerwig - Frances Ha
Julia Louis-Dreyfus - À Procura do Amor
Meryl Streep - Álbum de Família
Melhor ator coadjuvante
Barkhad Abdi – Capitão Phillips
Daniel Bruhl – Rush - No Limite da Emoção
Bradley Cooper – Trapaça
Michael
Fassbender –12 Years a Slave
Jared Leto
– Dallas Buyers Club
Melhor atriz coadjuvante
Sally Hawkins - Blue Jasmine
Jennifer
Lawrence - Trapaça
Lupita
Nyong'o - 12 Years a Slave
Julia Roberts - Álbum de Família
June Squibb – Nebraska
Melhor diretor
Alfonso Cuaron - Gravidade
Paul Greengrass - Capitão Phillips
Steve
McQueen -12 Years a Slave
Alexander
Payne - Nebraska
David O. Russell – Trapaça
Melhor roteiro
Spike Jonze - Ela
Bob Nelson - Nebraska
Jeff Pope Steve - Philomena
John Ridley
- 12 Years a Slave
David O.
Russell – Trapaça
Melhor filme em lingua estrangeira
Azul é a Cor Mais Quente (França)
A Grande Beleza (Itália)
A Caça (Dinamarca)
O Passado (Irã)
Vidas ao Vento (Japão)
Melhor animação
Os Croods
Meu Malvado Favorito 2
Frozen - Uma Aventura Congelante
Melhor trilha sonora original
All is Lost
Mandela:
Long Walk to Freedom
Gravidade
A Menina que Roubava Livros
12 Years a Slave
Melhor canção original
"Atlas" - Jogos Vorazes - Em Chamas
"Let it Go" - Frozen - Uma Aventura Congelante
"Ordinary
Love" -Mandela: Long Walk to Freedom
"Please
Mr Kennedy" - Inside Llewyn Davis
"Sweeter
Than Fiction" - One Chance
Melhor
série (drama)
Breaking
Bad
The Good
Wife
House of
Cards
Masters of
Sex
The
Newsroom
Melhor
atriz em série dramática
Tatiana
Maslany - Orphan Black
Taylor
Schilling - Orange is the New Black
Kerry
Washington - Scandal
Robin
Wright -House of Cards
Julianna
Margulies - The Good Wife
Melhor ator
em série dramática
Liev
Schreiber - Ray Donovan
Bryan
Cranston - Breaking Bad
Michael
Sheen - Masters of Sex
Kevin
Spacey - House of Cards
James
Spader - The Blacklist
Melhor
série (comédia / musical)
The Big
Bang Theory
Brooklyn
Nine-Nine
Girls
Modern
Family
Parks and Recreation
Melhor atriz em série musical ou de humor
Zooey
Deschanel - New Girl
Julia
Louis-Dreyfus - Veep
Lena Dunham - Girls
Edie Falco - Nurse Jackie
Amy Poehler
- Parks and Recreation
Melhor ator em série musical ou de humor
Jason
Bateman - Arrested Development
Don Cheadle
- House of Lies
Michael J.
Fox - The Michael J. Fox Show
Andy
Samberg - Brooklyn Nine-Nine
Jim Parsons
- The Big Bang Theory
Melhor minissérie ou telefilme
American Horror Story: Coven
Behind the
Candelabra
Dancing on
the Edge
Top of the
Lake
The White
Queen
Melhor atriz coadjuvante em série, minissérie ou telefilme
Hayden
Panettiere - Nashville
Monica
Potter - Parenthood
Janet
McTeer - The White Queen
Jacqueline
Bisset - Dancing on the Edge
Sofia Vergara - Modern Family
Melhor ator coadjuvante em série, minissérie ou telefilme
Josh
Charles - The Good Wife
Rob Lowe
-Behind the Candelabra
Aaron Paul
- Breaking Bad
Corey Stoll
- House of Cards
Jon Voight - Ray Donovan
Melhor atriz em uma minissérie ou telefilme
Helena
Bonham Carter - Burton and Taylor
Rebecca
Ferguson - The White Queen
Jessica
Lange -American Horror Story: Coven
Helen
Mirren - Phil Spector
Elisabeth
Moss -Top of the Lake
Melhor ator em uma minissérie ou telefilme
Matt Damon
- Behind the Candelabra
Chiwetel
Ejiofor - Dancing on the Edge
Idris Elba
- Luther
Al Pacino -
Phil Spector
Michael
Douglas - -Behind the Candelabra
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Godzilla ganha trailer e cartaz
O novo remake cinematográfico do clássico monstro japonês, Godzilla, teve seu primeiro trailer divulgado ontem. O vídeo, por ser um teaser, não mostra muita coisa mas já dá uma ideia do que vem por aí.
Confira abaixo:
Veja também o novo e excelente cartaz do filme:
O longa, que ainda não tem uma sinopse definida, conta com Aaron Johnson (Kick-Ass), Elizabeth Olsen (Poder Paranormal), Bryan Cranston (Breaking Bad), David Strathairn (Lincoln), Juliette Binoche (Cosmópolis, Cópia Fiel), Ken Watanabe (A Origem) e Sally Hawkins (Simplesmente Feliz) no elenco.
Dirigido por Gareth Edwards, Godzilla estreia em 16 de maio de 2014
Confira abaixo:
Veja também o novo e excelente cartaz do filme:
O longa, que ainda não tem uma sinopse definida, conta com Aaron Johnson (Kick-Ass), Elizabeth Olsen (Poder Paranormal), Bryan Cranston (Breaking Bad), David Strathairn (Lincoln), Juliette Binoche (Cosmópolis, Cópia Fiel), Ken Watanabe (A Origem) e Sally Hawkins (Simplesmente Feliz) no elenco.
Dirigido por Gareth Edwards, Godzilla estreia em 16 de maio de 2014
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Oscar 2014 - Lista de possíveis indicados ao prêmio de Melhores Efeitos Visuais
Foi divulgada uma lista com 10 filmes que batalham pela na indicação do prêmio Oscar na categoria de Melhores Efeitos Visuais. Filmes como O Homem de Aço, Wolverine - Imortal e Rush ficaram de fora.
Confira os filmes que ainda estão no páreo:
Elysium
Gravidade
O Hobbit - A Desolação de Smaug
Homem de Ferro 3
O Cavaleiro Solitário
Oblivion
Além da Escuridão - Star Trek
Thor - O Mundo Sombrio
Círculo de Fogo
Guerra Mundial Z
Os finalistas (5, no máximo) serão divulgados no dia 16 de janeiro. A cerimônia do Oscar 2014 será apresentada por Ellen DeGeneres e acontecerá em 2 de março.
Confira os filmes que ainda estão no páreo:
Elysium
Gravidade
O Hobbit - A Desolação de Smaug
Homem de Ferro 3
O Cavaleiro Solitário
Oblivion
Além da Escuridão - Star Trek
Thor - O Mundo Sombrio
Círculo de Fogo
Guerra Mundial Z
Os finalistas (5, no máximo) serão divulgados no dia 16 de janeiro. A cerimônia do Oscar 2014 será apresentada por Ellen DeGeneres e acontecerá em 2 de março.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
O Espetacular Homem-Aranha 2 - Trailer
Foi divulgado hoje o primeiro trailer do novo filme do super-herói da vizinhança, O Espetacular Homem-Aranha - A Ameaça de Electro. O vídeo mostra diversos momentos da história e eletrizantes cenas de ação repletas de efeitos visuais. Além de Electro, o filme contará também com os vilões R.H.I.N.O. e o Duende Verde.
Assista abaixo:
Confira também o primeiro banner do filme, que mostra o herói enfrentando os 3 vilões:
Marc Webb dirige O Espetacular Homem-Aranha - A Ameaça de Electro que chega aos cinemas em 2 de maio de 2014.
Assista abaixo:
Confira também o primeiro banner do filme, que mostra o herói enfrentando os 3 vilões:
Marc Webb dirige O Espetacular Homem-Aranha - A Ameaça de Electro que chega aos cinemas em 2 de maio de 2014.
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Outro Conto Sobre Sereias e Mortes (Parte II)
Então, após o incidente, Michael percebeu a verdade por trás
da suposta loucura de seu irmão. Henry havia sido enfeitiçado pelos encantos da
sereia e aquilo causara sua morte. A loucura da qual o garoto fora
diagnosticado era resultante daquela maldita e assassina criatura do mar.
Michael não sabia o que fazer, apenas sentia um ódio mortal daquele monstro e
de si mesmo, por quase deixa-la acabar com sua vida também.
O rapaz, então,
resolveu não contar nada daquilo para os seus familiares, pois não sabia como
interpretariam. Era, de fato, um fato impossível de ser contado à alguém, assim
como muito difícil de engolir. “O que fazer?” pensava Michael. “O que Henry
faria?”. Provavelmente, se houvesse acontecido o inverso, seu irmão iria atrás
da sereia e teria sua vingança. Sendo aquela uma atitude adequada ou não, era
justamente o que Michael iria fazer também.
O garoto vestiu roupas de frio, pegou um arpão e outros objetos
cortantes, uma lanterna de vela para iluminar e, depois de muito tempo, saiu do
seu quarto para encarar o mundo, ou o mar. Chegando ao ancoradouro da mansão,
Michael desacorrentou seu barco e partiu para caçar a criatura que havia
destruído sua família. Não sabia ao certo se teria sucesso, tampouco se iria encontrá-la,
mas, para ele, aquela era uma oportunidade única. Não podia deixar de fazer
aquilo, naquela madrugada de Lua cheia.
A maré estava muito
alta, logo Michael sentiu estar navegando em alto mar no seu pequeno, mas
resistente, barco. O brilho lunar embelezava as águas marinhas, dando um tom
azulado à escuridão e, apesar de estar vivendo um momento tenso, Michael não
deixou de admirar o belo ambiente em que estava. Ao ouvir um estranho barulho,
o garoto preparou um dos arpões e esperou algum movimento. Como a família era
dona de uma das maiores companhias de pesca da Inglaterra, tanto no depósito da
mansão como no ancoradouro havia objetos para pegar peixe de sobra.
Quando escutou um segundo barulho, vindo de trás, Michael
tomou um leve susto, mas, mesmo assim, inclinou-se um pouco para fora do barco
para conferir o que era. Temia que fosse um tubarão, a força do bicho
destruiria sua embarcação, porém logo viu uma espécie de barbatana verde
brilhando debaixo d’água. Logo, teve certeza de que a sereia assassina estava
lá. Antes de preparar o arpão para jogá-lo, a sereia, mais rápida, saltou pra
fora do mar, atingindo o barco com as mãos, quase fazendo virar. Michael estava
segurando firme, mas a criatura parecia irritada; estava cada vez mais
balançando o barco e gritando enquanto o fazia. Houve um momento em que a
criatura conseguiu subir no barco e, com um forte ataque com os braços, tirar a
arma das mãos de Michael e cortar seu peito com as garras. O garoto não caiu,
apesar de tanta dor, mas conseguiu reagir e recuperar o arpão, perfurando a
cauda da criatura e prendendo-a em um dos bancos de madeira da embarcação.
A sereia gritava,
gemia um desesperado grito de dor. O rapaz encarou a criatura por um tempo, não
acreditando como uma coisa tão bela pudesse ser tão maligna. O coração juvenil
e inocente de Michael amoleceu quando percebeu lágrimas caírem dos olhos,
verdes como o oceano, da sereia; teve pena da dor que a criatura sentia, e isso
o fazia sentir ódio mais ainda de si, pois não era prudente sentir algo, a não
ser raiva, da coisa que matou seu irmão. Michael, então, sentiu que não conseguiria
matá-la. Odiaria admitir aquilo, mas, tal criatura, ainda lhe encantava. Quando
o rapaz tirou cuidadosamente o arpão da cauda da garota, que ainda sangrava um
líquido preto, esta retribuiu, agarrando-se em seus braços e lhe dando um
beijo, o primeiro beijo que Michael recebera na vida e, também, o último.
O rapaz sentiu os
afiados dentes da sereia entrando em seus lábios, jorrando rios de sangue, e,
em seguida, toda sua face ser arrancada pela brutal força das unhas e dentes da
criatura. A sereia, então, jogou o corpo de Michael para fora do barco e o
arrastou para as profundezas do oceano, onde jamais nenhuma criatura humana
encontraria seus vestígios.
Fim.
Outro Conto Sobre Sereias e Mortes (Parte I)
Desde a morte prematura de seu irmão gêmeo, Michael estava
vivendo um profundo estado de melancolia e solidão. Henry era o seu único
amigo, companheiro de brincadeiras na infância, pescas, navegações e aventuras
na juventude. Os irmãos não tinham amigos, apesar da tamanha fortuna que sua
família fizera na então pequena cidade de Liverpool, no noroeste da Inglaterra,
quando, em 1790, seu pai fundara a primeira companhia de pesca da cidade. Para
o maior infortúnio de Michael, assim como o de toda família McMillan, Henry foi
encontrado morto logo abaixo da janela escancarada de seu quarto, que ficava no
quinto andar da mansão à beira do mar. Seu corpo estava enganchado nos espinhos
dos jardins, vários dos seus ossos estavam quebrados e o garoto veio a óbito de
olhos abertos e, assustadoramente, com uma expressão de alguém que não estava
acordado (ou dentro de si) quando cometera o suicídio.
Michael e Henry eram
rapazes extremamente corteses, filhos de uma influente e simpática família, porém
tímidos e pouco sociáveis. Não frequentavam festas ou bailes da alta sociedade,
não saiam com damas ou senhoritas de família, queriam saber “apenas” de viver,
apesar de isso não agradar muito aos pais. Henry veio ao mundo poucos minutos
depois de Michael e acreditava que esse fato lhe proporcionara uma vontade de
viver intensamente para compensar os minutos perdidos que passara no ventre de
sua mãe. Ninguém jamais imaginaria que aquele rapaz alegre, gentil e tímido ao
mesmo tempo, e cheio de vida pudesse tirar a própria vida. Porém, antes de
Henry partir, tanto Michael quanto os demais familiares notaram certa
estranheza no garoto; o rapaz aparentava-se não estar mais dentro de si, vivia
olhando para o leste e passava a maior parte do tempo admirando o oceano, com
um olhar de aluado. Henry também estava falando muito de uma garota de longos
cabelos castanhos claros que via todas as noites caminhando na praia, perto do
mar; ele não fazia ideia de quem era e ninguém além do rapaz jamais havia vista
tal senhorita caminhante. Segundo o garoto, a moça emitia um belo som em forma
de canto, ao ver que estava sendo observada.
Michael jamais entendeu aquilo. Por que seu irmão estava tão
obcecado por uma mulher (que provavelmente não existia) sendo que ele jamais
falara com uma, a não ser membro da família? Os dois irmãos jamais estiveram
apaixonados por alguma garota e pouco entendiam das relações entre homem e
mulher; porém, apesar da extrema timidez, Henry estava realmente interessado em
saber mais sobre a moça que via caminhar todas as noites na praia. Saiu pela
cidade perguntando sobre uma jovem de pele branca, cabelos castanho claro
(quase avermelhados), vestido de peculiar coloração verde e que gostava de
caminhar na praia durante a noite. Ninguém soube responder. A moça era uma
desconhecida, fato que deixou os mais próximos a Henry desconfiados de sua
sanidade mental. O garoto, porém, sabia que ela existia. Pouco tempo depois, em
uma manhã nublada de maré cheia, seu corpo foi encontrado.
Quando sua depressão
chegou ao máximo, Michael não mais saia de casa. Passava o dia no quarto que
dividia com seu irmão e lutava contra a própria mente para descobrir o que
ocasionara a morte deste, sem falar na tentativa de encontrar uma explicativa
para as visões do falecido. Não acreditava que seu irmão teria ficado louco, ou
pior, não queria acreditar, pois, talvez, aquela fosse a infeliz verdade.
Uma noite, aproximadamente
às 23:00, quando todos da residência estavam dormindo e mais nada podia-se
ouvir além do agradável barulho das ondas do mar, Michael despertou de um breve
sono e não mais conseguiu dormir. Levantou-se da cama, vestiu um casaco,
sentou-se na escrivaninha de madeira, pegou um pedaço de pergaminho e pena e
pôs-se a escrever seu diário noturno. De repente, o garoto escutou um som
agradável, mas estranho, vindo do lado de fora da casa. Quando se aproximou da
janela para ver o que havia emitido aquele som, Michael não pôde acreditar: Lá
estava a tal garota que hora era fruto da imaginação de seu falecido gêmeo. Os
cabelos castanhos, a aparência jovem e delicada e a voz daquela senhorita logo
encantaram também os olhos e a mente daquele pobre rapaz.
Logo, Michael também se obcecou por aquela bela moça que sempre cantava-lhe uma música sobre um velho pirata que havia perdido seu único e verdadeiro amor e não era um navio cheio de ouro e rum, mas sua esposa. Todas as noites, o pobre rapaz era seduzido por aquela criatura humana que passava lá por perto e sua timidez, assim como a de seu irmão, o impossibilitava de descer e falar com ela. Com o passar dos dias, porém, sua obsessão tornou-se maior, chegando ao ponto de ficar completamente alucinado pela garota.
Logo, Michael também se obcecou por aquela bela moça que sempre cantava-lhe uma música sobre um velho pirata que havia perdido seu único e verdadeiro amor e não era um navio cheio de ouro e rum, mas sua esposa. Todas as noites, o pobre rapaz era seduzido por aquela criatura humana que passava lá por perto e sua timidez, assim como a de seu irmão, o impossibilitava de descer e falar com ela. Com o passar dos dias, porém, sua obsessão tornou-se maior, chegando ao ponto de ficar completamente alucinado pela garota.
Quando uma noite de
Lua cheia e maré alta caiu, Michael estava parado, em frente a janela de seu
quarto, esperando a misteriosa garota surgir do nada e cantar-lhe mais uma
canção. Quando ela finalmente surgiu do meio do oceano, o rapaz pôde perceber o
que ela realmente era: Uma criatura do mar, meio humana, meio peixe... uma sereia!
Michael não ficou assustado quando viu a barbatana verde da moça transformar-se
em pernas, ao chegar à praia, porém ainda maravilhado ao extremo. Ao olhar
aquela belíssima criatura iniciar seu canto, o rapaz, que já não tinha mais o
controle sobre si, aproximou-se cada vez mais da janela aberta, para enfim
encontrar-se com a senhorita. Não percebeu ele que tal ato lhe proporcionaria
uma queda de 5 andares, resultando em uma morte semelhante da que seu irmão
gêmeo tivera. Quando a música ficou mais alta e a aproximação de Michael para a
morte certa maior, felizmente, ouviu-se o som do sinal de um navio que lá perto
desembarcava. O soar do sino da embarcação fizera Michael acordar e a sereia
pular de volta para o oceano, assustada.
Continua...
terça-feira, 19 de novembro de 2013
Christopher Lloyd participará da serie de Michael J. Fox
Acontecerá uma épica reunião na série The Michael J. Fox Show: Christopher Lloyd, astro da trilogia De Volta para o Futuro assim como J. Fox, fará uma participação do programa de TV.
Segundo informações, o ator aparecerá como o excêntrico diretor da escola onde Annie (Betsy Brandt), esposa de Mike (Michael J. Fox) leciona e terá um conflito direto com o personagem de seu antigo colega de trabalho. Inicialmente, Lloyd aparecerá em apenas um episódio. Ainda não se sabe se haverá um melhor desenvolvimento de seu personagem, nos próximos episódios.
As filmagens do episódio que contará com o eterno Doc. Emmett L. Brown começam essa semana em Nova York. Ainda não há previsão de exibição do capítulo.
The Michael J. Fox Show começou a ser exibido em 26 de setembro, pela rede NBC, dos EUA. No Brasil, a série é exibida pelo canal pago Comedy Central, todas as segundas-feiras, às 20h.
Segundo informações, o ator aparecerá como o excêntrico diretor da escola onde Annie (Betsy Brandt), esposa de Mike (Michael J. Fox) leciona e terá um conflito direto com o personagem de seu antigo colega de trabalho. Inicialmente, Lloyd aparecerá em apenas um episódio. Ainda não se sabe se haverá um melhor desenvolvimento de seu personagem, nos próximos episódios.
As filmagens do episódio que contará com o eterno Doc. Emmett L. Brown começam essa semana em Nova York. Ainda não há previsão de exibição do capítulo.
The Michael J. Fox Show começou a ser exibido em 26 de setembro, pela rede NBC, dos EUA. No Brasil, a série é exibida pelo canal pago Comedy Central, todas as segundas-feiras, às 20h.
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
Star Wars VII tem data oficializada
A data do primeiro filme da nova trilogia Star Wars, o Episódio VII (ainda sem título definido), foi oficializada pela Disney. O filme será lançado em 18 de dezembro de 2015, em vez de maio, como era previsto. Tal afirmação desmente o boato de que o filme seria adiado para 2016.
No final de outubro, J.J. Abrams assumiu também o roteiro do novo filme, juntamente com Lawrence Kasdan, o argumentarista de O Império Contra-Ataca e O Retorno de Jedi, pois o que havia sido escrito por Michael Arndt não agradara o diretor.
"Ficou claro que, com o prazo e o processo que temos e do jeito que as coisas estavam, trabalhar com Larry [Kasdan] dessa forma seria a maneira de nos levar para onde precisávamos no tempo que precisávamos. Trabalhar com Larry Kasdan, especialmente em um filme de Star Wars, é imbatível" Afirmou Abrams.
As filmagens do Episódio VII acontecerão na primavera de 2014.
No final de outubro, J.J. Abrams assumiu também o roteiro do novo filme, juntamente com Lawrence Kasdan, o argumentarista de O Império Contra-Ataca e O Retorno de Jedi, pois o que havia sido escrito por Michael Arndt não agradara o diretor.
"Ficou claro que, com o prazo e o processo que temos e do jeito que as coisas estavam, trabalhar com Larry [Kasdan] dessa forma seria a maneira de nos levar para onde precisávamos no tempo que precisávamos. Trabalhar com Larry Kasdan, especialmente em um filme de Star Wars, é imbatível" Afirmou Abrams.
As filmagens do Episódio VII acontecerão na primavera de 2014.
RoboCop ganha novo trailer e cartaz
O remake do clássico oitentista RoboCop, dirigido pelo brasileiro José Padilha (Tropa de Elite) ganhou um novo trailer repleto de ação e um novo pôster.
Confira o vídeo abaixo e a arte ao lado:
Estão no elenco: Joel Kinnaman (Alex Murphy/RoboCop), Abbie Cornish (esposa de Murphy), Gary Oldman (como o cientista que cria a máquina), Aimee Garcia (cientista, assistente do personagen de Oldman), Michael Keaton (presidente da OCP), Samuel L. Jackson (um carismático megaempresário de televisão), Jay Baruchel (diretor de marketing da OCP), Jackie Earle Haley (Maddox, o homem que dá um treinamento militar a RoboCop), Michael Keneth Williams (parceiro de Murphy), Jennifer Ehle (Liz Kline), Marianne Jean-Baptiste (uma oficial de polícia) e Douglas Urbanski (prefeiro de Detroit).
O longa estreia no Brasil em 31 de janeiro de 2014.
Confira o vídeo abaixo e a arte ao lado:
Estão no elenco: Joel Kinnaman (Alex Murphy/RoboCop), Abbie Cornish (esposa de Murphy), Gary Oldman (como o cientista que cria a máquina), Aimee Garcia (cientista, assistente do personagen de Oldman), Michael Keaton (presidente da OCP), Samuel L. Jackson (um carismático megaempresário de televisão), Jay Baruchel (diretor de marketing da OCP), Jackie Earle Haley (Maddox, o homem que dá um treinamento militar a RoboCop), Michael Keneth Williams (parceiro de Murphy), Jennifer Ehle (Liz Kline), Marianne Jean-Baptiste (uma oficial de polícia) e Douglas Urbanski (prefeiro de Detroit).
O longa estreia no Brasil em 31 de janeiro de 2014.
domingo, 3 de novembro de 2013
Evil Dead 4 vai acontecer e será dirigido por Sam Raimi
Foi oficialmente confirmado que Sam Saimi dirigirá o quarto filme da série Evil Dead, que faz ligação direta com o terceiro (Uma Noite Alucinante 3), Army of Darkness 2. A notícia, que deixou fãs da trilogia clássica de terror trash satisfeitos, foi confirmada por Fede Alvarez, diretor do remake de Evil Dead, em 2013.
Sam Raimi vem especulando ha muito tempo dirigir outra sequência de Uma Noite Alucinante, estrelada por Bruce Campbell, o protagonista de todos os filmes. Em Uma Noite Alucinante 3, Ash (Campbell) é enviado acidentalmente para o século XIV e acaba liderando a batalha dos humanos contra os Deadites, seres da escuridão que estão atrás do Livro dos Mortos.
Army of Darkness 2 seguirá paralelo ao remake, que ganhará uma continuação original, não se baseando no clássico. Alvarez e Campbell já sugeriram que as duas séries podem levar a um crossover, unindo Mia (Jane Levy), a protagonista do novo remake, e Ash.
O filme ainda está sem um cronograma definido, porém é prioridade da franquia.
Sam Raimi vem especulando ha muito tempo dirigir outra sequência de Uma Noite Alucinante, estrelada por Bruce Campbell, o protagonista de todos os filmes. Em Uma Noite Alucinante 3, Ash (Campbell) é enviado acidentalmente para o século XIV e acaba liderando a batalha dos humanos contra os Deadites, seres da escuridão que estão atrás do Livro dos Mortos.
Army of Darkness 2 seguirá paralelo ao remake, que ganhará uma continuação original, não se baseando no clássico. Alvarez e Campbell já sugeriram que as duas séries podem levar a um crossover, unindo Mia (Jane Levy), a protagonista do novo remake, e Ash.
O filme ainda está sem um cronograma definido, porém é prioridade da franquia.
Thor: O Mundo Sombrio - Crítica
Interessantes são aqueles filmes em que uma personagem,
sem ser a principal que dá nome à obra, torna-se o mais querido do público, por
ser o mais carismático, interessante e, obviamente, por ter a melhor atuação de
seu intérprete de todo o filme.
O final do filme, que, assim como nas HQs,
fica aquele mistério que deixa a todos curiosos, faz o verdadeiro fã da Marvel
ansioso para o próximo filme. Recomenda-se que, quem gosta das ligações com
outros filmes, fique na sala para ver as cenas pós-créditos, que mostra um pequeno
easter egg do próximo filme da Marvel Studios. Só nos resta esperar a próxima
edição da revista cinematográfica.
No caso de Thor
– O Mundo Sombrio (Thor: The Dark World), o personagem em destaque é
novamente o vilão (que neste novo filme está mais para um herói, ou não) Loki,
interpretado pelo ótimo ator britânico Tom Hiddleston. O personagem, apensar de
já ter impressionado no primeiro filme, não teve muito destaque neste, mas foi
em Os Vingadores (2012) que Loki mostrou todo o seu potencial e, assim,
tornando-se o vilão mais famoso dos filmes da Marvel. No novo longa-metragem do
super-herói nórdico, apesar de a atrama não ser completamente centralizada em
Loki, o personagem consegue roubar a cena em todos os momentos em que aparece,
fazendo o público praticamente esquecer que no filme existe um protagonista e
outro vilão que ocasiona toda a nova história.
O longa se passa
após os acontecimentos de Os Vingadores, quando Loki é mandado para Asgard e lá
é julgado pelos seus crimes. Quando a mortal Jane Foster (Natalie Portman)
acidentalmente descobre uma arma mortal dos Elfos Negros, inimigos de Asgard,
ha muito tempo perdida, a Terra e os Oito Mundos é ameaçada por essa força
maligna que os Asgardianos consideravam extinta, liderada pelo vingativo
Malekith (Christopher Eccleston). Cabe a Thor (Chris Hemsworth) reunir seus
aliados, e até mesmo Loki, para proteger o universo do caos.
A continuação de
Thor é, de fato, superior ao primeiro em vários aspectos, entre eles a já
mencionada melhor participação do antagonista Loki, e sua relação com o Deus do
Trovão que fora bem mais proveitosa e com ótimos momentos. Além disso,
percebe-se um bom equilíbrio entre as cenas de ação e a história, esta última
mais interessante que o primeiro filme, que faz o público ficar realmente
surpreso em várias cenas. Há também uma ótima química entre Thor e Jane Foster,
que foi muito bem desenvolvida e interpretada por Hemsworth e Portman, respectivamente.
Uma coisa que também chamou atenção nesse segundo filme de Thor foi a
participação dos coadjuvantes terrestres e de Asgard; Heimdall (Idris Elba)
finalmente teve seu momento que todos os fãs esperavam numa grandiosa sequência
de ação, seguido de uma batalha; secundários quase que inúteis no primeiro
longa tiveram participações importantes, como a estagiária Darcy (Kat Dennings),
o Dr. Selvig (Stellan Skarsgård) e a asgardiana Lady Sif (Jaimie Alexander).
O mesmo não pode
ser dito do vilão, Malekith. O personagem não é carismático, não passa a ser
odiado, ou amado por quem prefere os antagonistas, e parece só ter sido criado
para completar a nova trama; suas origens também estão diferentes das mostradas
nos quadrinhos, porém não é falso vilão que vimos em Homem de Ferro 3, apesar
de, talvez, decepcionar alguns fãs que esperavam um melhor desempenho do
personagem. Thor 2 é, portanto, um filme em que os coadjuvantes (contando com o
personagem mais querido, Loki) dominam. As excelentes atuações, de Anthony
Hopkins como Odin, Rene Russo (Frigga), Hiddleston, Portman, entre outros e as
divertidíssimas participações especiais do criador Stan Lee e de um “vingador”,
foi um ponto fundamental para o ótimo resultado do filme.
Quanto aos recursos
técnicos, os efeitos visuais de Asgard estão melhores e menos caricatos, sendo
muito bem utilizados nas sequências de batalhas e, principalmente, na luta
final, emocionante e cheia de reviravoltas. A fotografia está também muito
bonita e fazendo jus aos tons do filme, ora sombrios, ora providos de luz. A
trilha sonora de Brian Tyler está em ótima sincronia com o filme, dispondo de
temas com tonalidades épicas.
Thor – O Mundo
Sombrio, que já bateu US$ 100 milhões no mundo todo, antes mesmo de estrear nos
EUA, foi dirigido de forma competente por Alan Taylor, famoso pelos seus
trabalhos na série Game Of Thrones. Taylor consertou alguns erros cometidos por Kenneth
Branagh no primeiro filme, que estava mais para um filme de humor, com poucas
cenas de ação e história. No segundo filme, o humor é o mesmo, porém mais
divertido e acompanhado de um bom roteiro e ótimas sequências de ação.
Thor
– O Mundo Sombrio (Thor: The Dark World)
Direção: Allan Taylor
Produção: Kevin Feige
Roteiro: Christopher
Yost, Christopher Markus, Stephen McFeely (baseado na criação de Stan Lee e Jck
Kirby)
Trilha sonora: Brian Tyler
Elenco: Chris
Hemsworth, Natalie Portman, Tom Hiddleston, Anthony Hopkins, Jaimie Alexander,
Idris Elba, entre outros.
Nota: 8
terça-feira, 29 de outubro de 2013
X-Men - Dias de um Futuro Esquecido ganha trailer
O, sem dúvida, filme mais esperado de 2014, X-Men - Dias de um Futuro Esquecido, que juntará as gerações de mutantes depois de X-Men 3: O Confronto Final e X-Men Primeira Classe ganhou seu primeiro trailer.
O longa acontece cerca de dez anos depois de X-Men 3 e, no passado, também dez anos depois dos acontecimentos de Primeira Classe. Num futuro em que os mutantes foram dizimados pelos Sentinelas, Wolverine (Hugh Jackman) é enviado para o passado, para trabalhar em parceria com um reticente Charles Xavier (James McAvoy), em meio os anos 1970. É baseado na clássica série de HQs Dias de um Futuro Esquecido.
Assista ao trailer:
Patrick Stewart (Xavier), Ian McKellen (Magneto), Jennifer Lawrence(Mística jovem), Michael Fassbender (Magneto jovem), Anna Paquin (Vampira), Ellen Page (Kitty Pride), Shawn Ashmore(Homem de Gelo),Evan Peters(Mercúrio), Halle Berry (Tempestade), Omar Sy (Bishop), Peter Dinklage(Bolivar Trask) , entre outros, também estão no elenco de X-Men - Dias de um Futuro Esquecido, que estreia em 23 de maio de 2014.
O longa acontece cerca de dez anos depois de X-Men 3 e, no passado, também dez anos depois dos acontecimentos de Primeira Classe. Num futuro em que os mutantes foram dizimados pelos Sentinelas, Wolverine (Hugh Jackman) é enviado para o passado, para trabalhar em parceria com um reticente Charles Xavier (James McAvoy), em meio os anos 1970. É baseado na clássica série de HQs Dias de um Futuro Esquecido.
Assista ao trailer:
Patrick Stewart (Xavier), Ian McKellen (Magneto), Jennifer Lawrence(Mística jovem), Michael Fassbender (Magneto jovem), Anna Paquin (Vampira), Ellen Page (Kitty Pride), Shawn Ashmore(Homem de Gelo),Evan Peters(Mercúrio), Halle Berry (Tempestade), Omar Sy (Bishop), Peter Dinklage(Bolivar Trask) , entre outros, também estão no elenco de X-Men - Dias de um Futuro Esquecido, que estreia em 23 de maio de 2014.
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Capitão América 2 ganha trailer e cartaz
Capitão América 2 - O Soldado Invernal, segundo filme do primeiro Vingador do Universo Marvel, ganhou um cartaz há alguns dias e teve seu primeiro trailer divulgado hoje. O vídeo, repleto de ação e momentos da trama, pode ser conferido abaixo:
No filme, Steve Rogers (Chris Evans) continua sua colaboração com Nick Fury (Samuel L. Jackson) e a S.H.I.E.L.D. e luta para aceitar seu papel no mundo moderno, enquanto uma nova ameaça surge direto de seu passado.
Também estão no elenco: Scarlett Johansson (Viúva Negra), Sebastian Stan (Bucky Barnes/Soldado Invernal), Anthony Mackie (Falcão), Cobie Smulders (Maria Hill), Frank Grillo (Ossos Cruzados), Georges St-Pierre (Batroc, o Saltador), Hayley Atwell (Peggy Carter), Toby Jones (Arnim Zola), Emily VanCamp (Agente 13) e Maximiliano Hernández (Agente Jasper Sitwell) e Robert Redford (Alexander Pierce, o líder da S.H.I.E.L.D.).
O filme estreia no Brasil no dia 11 de abril.
No filme, Steve Rogers (Chris Evans) continua sua colaboração com Nick Fury (Samuel L. Jackson) e a S.H.I.E.L.D. e luta para aceitar seu papel no mundo moderno, enquanto uma nova ameaça surge direto de seu passado.
Também estão no elenco: Scarlett Johansson (Viúva Negra), Sebastian Stan (Bucky Barnes/Soldado Invernal), Anthony Mackie (Falcão), Cobie Smulders (Maria Hill), Frank Grillo (Ossos Cruzados), Georges St-Pierre (Batroc, o Saltador), Hayley Atwell (Peggy Carter), Toby Jones (Arnim Zola), Emily VanCamp (Agente 13) e Maximiliano Hernández (Agente Jasper Sitwell) e Robert Redford (Alexander Pierce, o líder da S.H.I.E.L.D.).
O filme estreia no Brasil no dia 11 de abril.
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Ben Whishaw pode protagonizar cinebiografia de Freddie Mercury
O ator britânico Ben Whishaw (A Viagem, 007: Operação Skyfall) é o novo favorito para interpretar Freddie Mercury, vocalista da banda Queen, na sua cinebiografia, segundo Roger Taylor, baterista da banda. Tudo indica que Whishaw protagonize o filme, assumindo o papel do cultuado músico tanzaniano.
Sacha Baron Cohen foi o primeiro nome ligado ao projeto, porém deixou o filme por "diferenças criativas" com os integrantes do Queen. Baron Cohen queria fazer um filme polêmico, voltado para o homossexualismo de Mercury, enquanto os músicos da banda queriam um longa-metragem mais “família”. Foi dito que Daniel Radcliffe, astro da saga Harry Potter, poderia interpretar Freddie Mercury no cinema, devido a sua atuação no filme Kill Your Darlings (onde Radcliffe interpretou um poeta gay); o ator, por outro lado, negou o boato. Dominic Cooper (O Dublê do Diabo, Capitão América – O Primeiro Vingador) também estava entre os candidatos a interpretar Mercury.
A trama se concentra nos anos de formação do Queen, até o show no Live Aid, em 1985. O filme, provavelmente, não mostrará a doença de Mercury e sua morte, em 1991.
O produtor do filme, Graham King, tem os direitos de uso de músicas como "Bohemian Rhapsody", "We Will Rock You", "We Are the Champions", "Another One Bites The Dust" e "You're My Best Friend".
Mais informações serão divulgadas em breve.
Sacha Baron Cohen foi o primeiro nome ligado ao projeto, porém deixou o filme por "diferenças criativas" com os integrantes do Queen. Baron Cohen queria fazer um filme polêmico, voltado para o homossexualismo de Mercury, enquanto os músicos da banda queriam um longa-metragem mais “família”. Foi dito que Daniel Radcliffe, astro da saga Harry Potter, poderia interpretar Freddie Mercury no cinema, devido a sua atuação no filme Kill Your Darlings (onde Radcliffe interpretou um poeta gay); o ator, por outro lado, negou o boato. Dominic Cooper (O Dublê do Diabo, Capitão América – O Primeiro Vingador) também estava entre os candidatos a interpretar Mercury.
A trama se concentra nos anos de formação do Queen, até o show no Live Aid, em 1985. O filme, provavelmente, não mostrará a doença de Mercury e sua morte, em 1991.
O produtor do filme, Graham King, tem os direitos de uso de músicas como "Bohemian Rhapsody", "We Will Rock You", "We Are the Champions", "Another One Bites The Dust" e "You're My Best Friend".
Mais informações serão divulgadas em breve.
domingo, 20 de outubro de 2013
Conto - A Sereia do Agreste
O crime que sujeitou o seu pobre narrador ao cárcere é
realmente um fato que ainda me causa intensos calafrios. Sinto-me ainda
perturbado pelo que vi, pelo que senti, pelo que pensei, pelo que fiz...
Tudo teve início na última apresentação de meu
“circo de horrores” numa cidade no agreste pernambucano. Sim, eu era dono de um
circo com atrações um tanto assustadoras, que deixavam crianças e adultos com
as calças borradas. Tamanhas bizarrices eram encontradas em minhas
apresentações o que, de fato, interessava bastante o público. Tive a ideia de
apresentar, pela primeira vez, minha mais nova atração em um lugar afastado do
oceano: a cidade do Brejo da Madre de Deus, próximo ao povoado de Fazenda Nova,
onde ocorre a maior apresentação ao ar livre do mundo (na qual muito invejo). Enfim,
minha nova atração horripilante era nada menos que uma sereia verdadeira, que
meus amigos e eu conseguimos capturar nas praias da capital. Sem dúvida, a
melhor pescaria que já tivemos. Felizmente, a mídia ainda nada sabia da
criatura, mas, após o espetáculo que aconteceria no Brejo, Deus e o mundo
estariam perplexos em frente à folha do jornal.
Meu circo era
transportado em um trem de carga com vagões para cada tipo de criatura
(gêmeos siameses ligados pelo tronco, ciclopes, um curupira de verdade, uma
mulher que podia se transformar em macaco...) e um último que ninguém
tinha a autorização de mexer, além de mim; era o local em que eu guardava
objetos de valor e sentimentais, ou, mais ou menos, meu quarto, já que
praticamente morávamos na estrada. Já passamos por diversos Estados brasileiros,
famosas cidades, mas pouquíssimas vezes visitávamos o interior de nossa terra
natal. Desembarcamos no Brejo no dia 29 de outubro, neste ano vitorioso de
1945.
Quando lá chegamos, as crianças nos receberam com tamanho
entusiasmo:
- Oba! O circo chegou! O circo chegou! – Vibravam elas.
- Eita! Não é um circo comum! É um circo dos horrores! Eles
têm uma mulher macaco! – Exclamavam.
E quando elas descobriram a tal “nova atração especial”,
só faltaram pirar de vez. O espetáculo seria daqui a dois dias, e já havia
pessoas querendo comprar logo suas entradas.
Meu grupo e eu decidimos acampar fora da cidade, onde ainda
havia trilhos de trem. Os organizadores do evento e as atrações montaram suas
barracas nos arredores do veículo. Eu, por outro lado, decidi me aconchegar na
cabine do maquinista, não no meu último vagão, por causa do calor. Na
madrugada, fui acordado com uma voz. A mais bela voz que já ouvi em meus 35
anos de vida. Parecia um anjo que estava a cantar suas melodias celestiais. Não
era, porém, um anjo, mas alguém mais interessante: era a sereia que, dentro da
sua enorme caixa d’água, no penúltimo vagão, emitia sons semelhantes a um
canto. Uma canção que talvez falasse de sua vida no oceano, de seus amores e
ilusões perdias. Não pude deixar a curiosidade de lado e entrei no vagão para
observá-la. Ao captura-la, do mar, percebi, juntamente com meus amigos, que a
sereia não passava de uma criatura horrenda, com guelras em vez de um nariz,
careca, com a pele coberta de escamas, os olhos sem pálpebras... era
tipicamente um peixe humanoide; mas, quando entrei em seu vagão, naquela
madrugada, deparei-me com uma moça jovem, de rosto angelical e inocente,
cabelos longos e castanhos, olhos verdes como o oceano e, de fato, extremamente
bonita, até mesmo com aquela cauda, ou barbatana, no lugar das
pernas e o corpo escamoso.
Claro, aquilo poderia ser apenas fruto da minha inesgotável
imaginação. Não acreditei, porém, que aquilo era apenas um delírio. Eu estava
lá, vendo a garota na caixa d’água cantar suas canções e olhando desconfiada
para mim. Tentei me aproximar para iniciar uma conversa, porém ela se afastou assustada.
O que eu poderia dizer a ela? Pedir
perdão, por tê-la tirado de seu lar? Mas, onde era seu lar? De onde ela veio?
Existiam outros como ela? Foram essas e outras perguntas que, infelizmente, não
conseguiram sair de minha boca. Eu estava completamente paralisado pela beleza
daquela criatura. Não acredito que, no dia seguinte, o público chamaria aquela
bela garota de “aberração”, ficaria com medo ou daria gargalhadas.
Enfim, lá estava
minha pessoa observando a moça que aprendeu a ignorar minha presença e voltar a
cantar. Aquela doce voz me deixava tranquilo, porém estava começando a me
perturbar um pouco. Decidi sair do vagão, deixa-la em paz. Quando o fiz, pude
escutar do lado de fora o som de sua música; até na cabine do maquinista
consegui escutá-la. “Por que aquilo não saia de minha cabeça?” pensei. Após
muito tempo, com os olhos e ouvidos abertos, consegui dormir. Obviamente, tive
sonhos estranhos com a sereia, mas isso não vem ao caso. Eu apenas percebi o quanto desejava aquela criatura para
mim, mesmo ela aparentando ser terrível para as outras pessoas. Mas, mesmo se a
sereia fosse um ser normal, eu não poderia me relacionar, novamente, com algum
trabalhador do espetáculo. Já tive reações com algumas garotas da organização e
até mesmo das apresentações de horror, e elas foram embora. Aquilo me deixara
um bom tempo deprimido.
Durante a manhã, os
preparativos para o espetáculo foram realizados, as atrações ensaiaram pela
última vez e a bilheteria teve todos seus ingressos esgotados. No fim da tarde,
quando a apresentação começou, a tenda estava lotada de crianças, velhos e adultos,
ansiosos pela “nova atração especial”.
A apresentação
ocorreu muito bem. Cheia de sustos, risadas e surpresas. Quando chegou a hora
da sereia, todos ficaram perplexos. Jornalistas locais, não paravam de escrever
em seus blocos, contando o que estavam presenciando; havia até mesmo um
fotografo batendo umas chapas. A sereia foi apresentada pelo proprietário do
circo, isto é, seu humilde narrador. Confesso de também ter ficado boquiaberto,
naquele momento, e, principalmente, quando a criatura começou a cantar,
emitindo aquela suave voz que quase não me deixara dormir na noite passada. O
público, obviamente, maravilhou-se com aquela apresentação. Quando todos
aplaudiram, percebi que a sereia deu um leve sorriso. Foi a primeira vez que a
vi sorrir.
Quando o show
terminou, os jornalistas que lá estavam correram em nossa direção para saber
mais sobre a criatura. Lembro que eu e minha equipe acabamos dando uma pequena
entrevista e, devido ao sucesso estrondoso da apresentação, confirmamos outra
em dois dias.
Sentindo-me cansado,
fui tentar dormir, quando toda a confusão pós-espetáculo terminou. Fui acordado
na madrugada novamente com aquela voz na cabeça. Aquele canto que me deixara
encantado estava começando a me atormentar e eu, um homem particularmente fraco
por mulheres, sentia-me enfeitiçado pela criatura que emitia aquele belo som. Levantei do meu colchão (havia resolvido acampar, em vez de
ficar na cabine) e andei em direção ao vagão onde estava a sereia. Quando lá
entrei, ela não se assustou com minha presença. Pelo contrário, sorriu ao olhar
para mim. Retribuí o sorriso, me aproximei e fiquei surpreso por ela não ter
recuado. Lá estava ela, com a cabeça para fora da caixa d’água, mostrando
aquele rosto angelical nem um pouco monstruoso. De repente, a sereia abriu a
boca e começou a cantar aquela doce canção para mim. Aproximei-me mais para poder
tocá-la, porém mal conseguia andar de tão perplexo que eu estava. Aquela
música, de alguma maneira, não estava me fazendo bem. Eu não conseguia entender
aquilo: apreciava e não suportava ao mesmo tempo aquele som. Enfim, consegui
chegar perto da moça, pus minha cabeça para dentro da caixa d’água e senti meus
lábios encostar os dela. Quando fiz aquilo, aquela música entrou completamente
em minha cabeça. Senti meu cérebro desembaralhando-se por aquela sonoridade
bela e maldita ao mesmo tempo. Imediatamente, interrompi o beijo empurrando-a
para baixo d’água. A sereia assustou-se e começou a ofegar quando apertei seu
fino pescoço sob a água; ela não podia se mexer, para me impedir, o que
resultou numa morte violenta e dolorosa para a criatura. Havia um sangue negro
saindo de sua boca e suas guelras. A sereia não mais possuía aquela aparência humana,
mas sua típica e monstruosa natureza.
“O que eu fiz, meu
Deus?!”, é um típico pensamento arrependido de alguém que se perdeu na louca
obsessão acabou cometendo o maior crime da vida depois do nascimento. Nem mesmo
eu acreditei em minha própria loucura repentina. Matei aquela bela criatura!
Fiz com que aquela aparência jovem, e mais bela qualquer garota humana,
deixasse de existir, na esperança de quem aquele som musical saísse de minha
cabeça. Após o ocorrido, felizmente, deixei de imaginar aquela canção dos
mares. Enfim, tinha de esconder o corpo da criatura. Como estava tudo escuro,
lá fora, e todos dormiam, resolvi coloca-lo no último vagão, junto com as
diversas tralhas. Nele não havia luz, tive de rezar para encontrar um lugar adequado
para escondê-la naquele espaço completamente dominado pela escuridão. Não
conseguia enxergar, mas botei o corpo ao lado de algumas coisas molengas que
cheiravam mal. Após terminar o serviço, saí do vagão e tranquei, sem ninguém
ter visto. Nos aposentos da sereia, limpei qualquer evidência do crime.
Na manhã seguinte,
inventei uma desculpa para os organizadores do espetáculo, alegando que a
criatura havia ficado doente e ninguém podia entrar em seu vagão, nem mesmo o
treinador, para deixa-la se recuperar. Meus companheiros ficaram preocupados
com a criatura e com espetáculo. Prometi que ela ficaria bem até a noite da
segunda apresentação. Porém, não tinha ideia do que fazer. Eu não poderia dizer
que a sereia havia morrido precocemente, isso tiraria o interesse do público e
faria do espetáculo um verdadeiro fracasso. Para piorar minha situação,
aconteceu algo que me deixou mais uma vez terrivelmente perturbado: a voz e a
música da sereia voltaram a atormentar minha mente. A cada minuto que passava,
aquele som me enlouquecia. Como aquela coisa não parava? O que deveria fazer
para parar com aquele inferno de uma vez por todas?!
Tive de aturar meus
colegas reclamando da suposta doença da sereia e o canto da falecida em minha
mente, nada poderia piorar o meu dia, a não ser a chegada do dia seguinte, que
teríamos a segunda apresentação. A situação melhorou um pouco dos males quando
a noite caiu, pude tentar descansar, mesmo com aquela voz zumbizando em minha
cabeça. Eu não conseguia decifrar o que aquela música dizia, era uma língua
diferente; porém, ainda não sei a razão disso, sabia que ela estava me alertando
a fazer algo.
Quando amanheceu, menti
para demais organizadores, dizendo que a apresentação da sereia estava sob meu
controle. Armamos a tenta do circo e resolvemos deixar pessoas se acomodarem no
chão também, pois daria um maior número de gente para assistir ao “Circo dos
Horrores do Dr. Abóbora”. De fato, pareceu toda a pequena cidade do Brejo estar
no circo, naquela noite.
Assim como na última
apresentação, tudo ocorreu bem, no começo. Eu, por outro lado, não sabia o que
fazer. Estava desesperado! O que eu faria para “cancelar” a apresentação da
sereia? Quando, infelizmente, chegou meu momento de aparecer no picadeiro para
apresentar a atração mais esperada, minha cabeça começou a explodir de dor, por
da música que não parava de tocar. Aquilo já estava passando dos limites, eu
não aguentaria até o fim do espetáculo.
Quando apareci para
agradecer ao respeitável público e, enfim, chamar a sereia para matar a
curiosidade de muitos, senti-me tonto, perturbado com aquela voz que estava
cada vez mais alta. Tudo que consegui dizer foi o que finalmente compreendi o
que aquela cantoria estava me dizendo: “CONFESSE, SEU ASSASSINO COVARDE!”.
Minha cabeça girava,
eu gritava sem parar: “CONFESSE, SEU ASSASSINO COVARDE!”. Quando coloquei
minhas mãos na cabeça para tentar amenizar a dor e me pus de joelhos no meio do
picadeiro, finalmente, confessei meu crime. Logo em seguida, desmaiei.
Então, acordei já na
sela de prisão, onde estou relatando esse fato ocorrido aos meus caros
leitores. Como se não bastasse, além do corpo da sereia, descobriram as outras
trabalhadoras jovens do circo, que haviam “pedido demissão”, juntamente com outras
criaturas que haviam “sumido”; suas carnes já se encontravam em estado de
putrefação, naquele fétido último vagão. Das vítimas que fiz, devida a minha
perturbadora fraqueza pelo sexo oposto, foi a sereia quem, de fato me
enfeitiçou, a ponto de eu me incriminar pelos crimes.
Apesar de ter feito o
que a música me pedia para fazer, ela jamais deixou de me atormentar a mente.
Aquela voz suave, perturbadora, meiga e assustadora ao mesmo tempo poderá me
levar a óbito qualquer dia, ou para um sanatório, onde eu possa fazer amizade
com algumas enfermeiras.
domingo, 13 de outubro de 2013
Gravidade - Crítica
“Agoniante”, “surpreendente”, “original” e “tenso” são
palavras que melhor descrevem o longa-metragem Gravidade (Gravity), a nova produção do mexicano
Alfonso Cuarón (E Sua Mãe Também, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban).
Na sua semana de estreia nos EUA, o filme arrecadou nada menos que US$ 55,5
milhões, tornando-se sucesso imediato.
Considerado por
muitos o melhor filme de ficção científica dos últimos anos (o cineasta James
Cameron particularmente adorou o filme, fazendo-lhe altos elogios) e já cotado
para as indicações de melhor filme e diretor no Oscar 2014, Gravidade
conta com uma história que não necessita de reviravoltas enigmáticas, frases
marcantes (apesar dos ótimos diálogos) e complexidades na trama, mas de outros
elementos essenciais para chamar atenção do público, como: surpresas, aflições,
tensões e, claro, o terror dos personagens e o incrível desenvolvimento da
protagonista. Na trama: A cientista médica Ryan Stone (Sandra Bullock) está em
sua primeira missão espacial, ao lado do veterano astronauta Matt Kowalsky (George
Clooney) e os outros tripulantes da nave Explorer. Quando Russos atiram em um
dos seus satélites para destruí-lo, seus estilhaços provocam um desastre que
destrói a nave, deixando Stone e Kowalsky como únicos sobreviventes. Os
astronautas ficam, então, à deriva no espaço, ligados um ao outro apenas por um
cabo. Uma história simples? De fato. Original? Muito. Um filme em que a
história é o elemento que menos importa? Por incrível que pareça, sim!
A silenciosa imensidão do espaço, a distância da Terra, a falta de oxigênio e, principalmente, a impossibilidade viver em órbita são desafios enfrentados não somente pelos personagens, mas também pelo público. A perfeição visual e sensitiva de Gravidade permite a quem assiste sentir-se, de fato, no filme. O competente trabalho do diretor Alfonso Cuarón permitiu a realização do filme de ficção científica mais realista desde 2001 – Uma Odisseia no Espaço (1969), de Stanley Kubrick. Em alguns momentos do longa, me veio em mente possíveis referências ao clássico de Kubrick que revolucionou o gênero e quem acreditou que Avatar (2009), de James Cameron, revolucionaria novamente o gênero para uma nova era de filmes com a temática espacial, pode estar enganado; felizmente, esse fato só aconteceu em 2013. O que deixa Gravidade com mais realismo é o bom uso da câmera em primeira pessoa, durante os melhores momentos de tensão; a ausência de som, que, apesar de ser acompanhada com uma trilha sonora assustadoramente eletrizante de Steven Pride, não era realmente necessária (apenas os gritos e barulhos de respiração seriam suficientes para deixar as sequências mais épicas, mas a trilha não altera a qualidade destas) e as excelentes atuações.
A silenciosa imensidão do espaço, a distância da Terra, a falta de oxigênio e, principalmente, a impossibilidade viver em órbita são desafios enfrentados não somente pelos personagens, mas também pelo público. A perfeição visual e sensitiva de Gravidade permite a quem assiste sentir-se, de fato, no filme. O competente trabalho do diretor Alfonso Cuarón permitiu a realização do filme de ficção científica mais realista desde 2001 – Uma Odisseia no Espaço (1969), de Stanley Kubrick. Em alguns momentos do longa, me veio em mente possíveis referências ao clássico de Kubrick que revolucionou o gênero e quem acreditou que Avatar (2009), de James Cameron, revolucionaria novamente o gênero para uma nova era de filmes com a temática espacial, pode estar enganado; felizmente, esse fato só aconteceu em 2013. O que deixa Gravidade com mais realismo é o bom uso da câmera em primeira pessoa, durante os melhores momentos de tensão; a ausência de som, que, apesar de ser acompanhada com uma trilha sonora assustadoramente eletrizante de Steven Pride, não era realmente necessária (apenas os gritos e barulhos de respiração seriam suficientes para deixar as sequências mais épicas, mas a trilha não altera a qualidade destas) e as excelentes atuações.
Sandra Bullock
enfrenta boa parte do filme sozinha, apreensiva em sua primeira missão fora da
Terra, o que fez de sua personagem uma pessoa assustada que faz o possível para
sobreviver. Bullock desempenhou um dos melhores papéis de sua vida, não só pela
interpretação de uma “personagem assustada”, mas por seu desenvolvimento. Ao
longo da trama, é visível uma transformação de sua personagem, tanto no caráter
físico quanto psicológico. George Clooney interpreta o veterano astronauta
calmo e sarcástico, contador de histórias e desafiador de recordes, admirador da
paisagem que muda de um homem com caráter bonachão e tranquilo para preocupado
e estimulador, quando a acontece o acidente durante a missão. No começo, o
público deve achar que o personagem de Clooney é apenas um alívio cômico, mas
isso não é verdade; no final do filme, é notável que Kowalsky, apesar de
aparecer menos que a dra. Stone, fora tão importante quanto a personagem
principal.
Voltando aos recursos
técnicos, apesar do perfeccionismo de Cuarón, era impossível um filme como Gravidade
não deixar deter alguns erros científicos. Alguns deles foram detectados pelo
astrofísico norte-americano Neil deGrasse Tyson, que fez críticas à vários
filmes de ficção científica; o físico, após assistir o filme, publicou em seu
twitter: “Por que Bullock, uma médica, trabalha na manutenção do Telescópio
Espacial Hubble?” “Por que o cabelo de Bullock não flutua sobre sua cabeça em
algumas cenas convincentes de gravidade zero?”, entre outras coisas. Apesar dos
12 tweets sobre o filme, Tyson alegou ter gostado de Gravidade. Claro que tais
deslizes científicos não tiram a perfeição do longa; seu gênero já diz tudo: FICÇÃO-científica,
que procura misturar o imaginário com o real. No caso da produção de Cuarón, o
real, apesar das falhas apontadas por Tyson, é o ponto mais valorizado.
O belíssimo 3D é
também um dos fatores que permite o público entrar no filme. Se o tradicional
3D foi uma experiência incrível, não consigo imaginar a sensação de agonia do
começo ao fim do filme na sala IMAX. A ótima fotografia presente no longa,
feita pelo computador, provavelmente, também é um belo recurso acompanha as
melhores cenas de voo e destruição em órbita. Falando em cenas de voo, os atores
tiveram de fazer treinos específicos para astronautas para encarar com
perfeição o papel, simulando da melhor maneira um astronauta girando em órbita.
Sandra Bullock teve de gravar a maioria das cenas em uma caixa vazia durante
horas. Os excelentes efeitos visuais darão, com certeza, à Gravidade prêmios na
categoria de melhores efeitos ou fotografia, além de outras indicações.
No final, Gravidade
mostra que é possível encarar a paisagem além de admirá-la, pois a
persistência da dra. Stone para voltar para Terra é o momento em que a
personagem atinge seu nível máximo de maturidade e desenvolvimento, sendo o
fato de ficar praticamente sozinha no espaço e lutar para retornar pra casa um
desafio que, futuramente, contribuísse para uma ação de alta dificuldade. A perfeita
mistura de ação, drama e ficção científica, momentos de extremo espanto e
angústia protagonizados por ótimos artistas em mais filme com o inquestionável
talento de Alfonso Cuarón na direção. De fato, Gravidade fará, não só
seus olhos saltarem das órbitas, mas os pulmões e coração saírem pela boca.
Gravidade (Gravity)
Direção: Alfonso Cuarón.
Produção: David Heyman, Alfonso Cuáron.
Roteiro: Alfonso Cuáron, Jonás Cuarón.
Trilha Sonora: Steven Price.
Elenco:
Sandra Bullock, George Clooney, Ed Harris, Paul Sharma, Amy Warren.
Nota: 9
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Lista do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro tem número recorde de países na disputa pela indicação
Foi divulgado nesta
segunda-feira (2) pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de
Hollywood que há 76 países na competindo pela indicação do Oscar de Melhor
Filme Estrangeiro, sendo um número recorde que conta com países que participam
pela primeira vez: Moldávia, Montenegro e a Arábia Saudita.
“O Som Ao Redor”, produção pernambucana de
Kleber Mendonça Filho (Recife Frio), está representando o Brasil na possível
candidatura à estatueta. Entre os outros candidatos latino-americanos, estão: o
argentino "Wakolda", de Lucía Puenzo; o chileno "Gloria",
de Sebastián Lelio; o colombiano "La playa DC", de Juan Andrés
Arango; o dominicano "¿Quién manda?", de Ronni Castillo; o
equatoriano "The porcelain horse", de Javier Andrade; o mexicano
"Heli", de Amat Escalante; o peruano "The cleaner"; o
uruguaio "Anina", de Alfredo Soderguit, e o venezuelano "Brecha
en el silencio", de Luis Alejandro Rodríguez e Andrés Eduardo Rodríguez.
A lista dos indicados ao Oscar 2013 será divulgada
no dia 16 de janeiro. A 86ª edição do prêmio mais famoso do cinema acontecerá em
2 de maio, no Teatro
Dolby, de Hollywood.
Resenha crítica do filme "A Guerra do Fogo"
Recentemente, assisti ao filme "A Guerra do Fogo" na Faculdade e, como trabalho para a aula de Humanidade, o professor pediu uma resenha crítica do filme. Decidi postá-la no blog, pois talvez seja interessante também para os leitores. Um aviso: "A Guerra do Fogo" é um daqueles filmes obrigatórios!
Produzido em 1981, mas datado de milhões de anos atrás, o longa-metragem “A Guerra do Fogo”, dirigido por Jean-Jacques Annaud (O Nome da Rosa), mostra os primórdios da raça humana, logo após a descoberta do fogo, que é desejado por todas as tribos que o veem como símbolo de poder.
Produzido em 1981, mas datado de milhões de anos atrás, o longa-metragem “A Guerra do Fogo”, dirigido por Jean-Jacques Annaud (O Nome da Rosa), mostra os primórdios da raça humana, logo após a descoberta do fogo, que é desejado por todas as tribos que o veem como símbolo de poder.
O fogo era, então, a maior
cobiça dos indivíduos e principal motivo de ataques e confrontos, e quando é
roubado de uma comunidade por outra rival, cabe ao líder e seus dois
companheiros partirem para recuperá-lo. Na busca pelo combustível, os homens
passaram por diversas experiências fundamentais para o futuro processo de
evolução; entre elas, a questão “homem x natureza (flora e fauna)”: há, no
longa, uma cena em que os 3 homens, fugindo de tigres-dentes-de-sabre, procuram
proteção em cima de uma árvore e um momento em que o líder procura estabelecer
uma comunicação com um mamute, oferecendo-lhe comida, fazendo entender que o
meio em que homens e animais vivem pode ter espaço suficiente para os dois e
que uma forma de cooperação é possível. Mais tarde, o homem aprendera a
domesticá-los.
O comportamento racional humano
em desenvolvimento também é colocado no filme, principalmente no momento em que
um membro do grupo que parte pela busca do fogo cospe um pedaço de carne que
comera, ao perceber que era humana; eles, portanto, tinha consciência de que o
canibalismo, ou antropofagia, não devia ser praticado, diferente de outros
grupos que aderiram o infeliz costume. Quanto ao comportamento sexual, as
relações entre machos e fêmeas eram realizadas praticamente da mesma maneira
que os outros animais, até o casal principal do filme criar uma maneira mais
humana de praticar atos sexuais, “face a face”.
Em “A Guerra do Fogo”, é notável
que os grupos de humanos, apesar de primitivos, possuem um sistema de comunicação
bem desenvolvido, para os seres pré-históricos, e, acima de tudo, uma cultura.
Cada povo possuía sua forma de se expressar, costumes, maneiras de comunicação
e técnicas que, com o tempo, foram passadas de indivíduo para indivíduo. Como
exemplo, podemos citar a “receita” para fazer fogo, que era dominada apenas por
um grupo, até o líder da tribo que buscava por fogo aprendera e, assim, não
precisou mais guerrear pelo combustível. Fazendo o fogo, o homem poderia criar
sua principal fonte de poder, sem auxílio de uma força maior, por assim dizer.
Pode ser prudente afirmar que há características antropocêntricas no filme, ou,
pelo menos, uma pequena introdução ao pensamento de o homem ser o centro de
tudo.
Quanto aos recursos técnicos, “A
Guerra do Fogo” é um dos longas-metragens que melhor retrata a vida no tempo
das cavernas, sendo muito elogiando por cientistas e historiadores, por possuir
excelentes direções de arte, fotografia e maquiagem; este último recurso rendeu
ao filme um prêmio Oscar, em 1983. Falando dos atores, todos parecem ter sido
enviados de uma máquina do tempo, da pré-história para a atualidade. Ron
Perlman (o Hellboy do cinema) atua como um membro do clã principal na sua
estreia no cinema; mais tarde, em 1986, o ator voltaria a trabalhar com o
diretor Jean-Jacques Annaud em “O Nome da Rosa”.
No final, o filme nos faz
refletir na cena de encerramento, em que o casal protagonista olha atentamente
para a Lua, provavelmente pensando no que estava a vir pela frente, e a fêmea
percebe que está grávida: Uma nova vida, para um possível novo mundo, com novas
descobertas e tecnologias. Ao assistir “A Guerra do Fogo”, me perguntei: Será
que também estamos próximos a evoluir para uma raça de inteligência superior? O
que está por vir? Vamos ter uma descoberta tão importante quanto o fogo ou a
eletricidade? É incrível como voltar ao passado, nos faz pensar tanto sobre o
futuro.
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Conto - A órbita vazia de Ernesto (Parte III)
Assim que pus os pés na cozinha, recebi uma enorme carga do
pior choque que alguém pode levar. Deparei-me como corpo de uma das cozinheiras
estirado no chão, sobre uma poça de sangue que escorria devido um feito à faca
na barriga, e um rasgo enorme na órbita direita, que já não possuía mais um
olho. Acho que não preciso dizer quem, obviamente, havia feito aquilo. Agora
tudo estava perdido para o velho empregado, tornara-se um assassino!
Ao ver o corpo da
cozinheira, que fora uma das coisas mais terríveis que presenciei, meu grito de
horror não saíra, pois ele fora interrompido por um forte golpe de um objeto metálico
que senti na cabeça, deixando-me tonto. Caí no chão e agonizei de dor. Pude
ver, de forma embaçada, Ernesto segurando um candelabro com a mão esquerda enquanto
segurava uma faca ensanguentada, com um olho na ponta, com a direita. Sem mais
nem menos, o velho afastou-se de mim, estava indo à escada. Ele sabia que minha
namorada estava no segundo andar. Ernesto não queria meu olho direito, mas o
dela.
Eu estava tonto
demais e lutei para levantar sem cair no chão ou mais próximo da poça de sangue
que estava escorrendo pelos azulejos brancos da cozinha. Gritei por socorro,
mas em vão, pois minha voz estava fraca, devido aos tamanhos choques e a dor
insuportável que sentia na cabeça. Eu tinha deter Ernesto. Meu desespero
ajudou-me esquecer do ferimento na cabeça que latejava, porém ainda me sentia
tonto.
Cambaleei até o hall
da escada que dava acesso aos outros andares e vi o empregado subindo para
atacar a senhorita Lisa. Apesar de estar enxergando tudo “girando”, lutei para permanecer
de pé e não cair. Quando um grito desesperado veio da cozinha (alguém,
finalmente, havia encontrado o corpo e chamaria os seguranças), Ernesto
virou-se de costas assustado e se deparou comigo logo atrás, prestes a tentar
mobilizá-lo. Ele foi mais rápido que eu, desferindo-me um golpe a faca,
cortando meu rosto. De repente, senti minha visão direita tornar-se escura; a
faca havia cortado minha córnea tão profundamente que me fizera perder a visão.
O sangue jorrava.
Quando o velho
movimentou-se para me atacar novamente, Lisa aparece desesperadamente na
escada, agarrando as mãos armadas de Ernie, impedindo-o de me esfaquear. Este, com
uma força inacreditável, conseguiu livrar-se dela, atirando a garota para o
lado. Fiquei com raiva e me joguei em frente ao velho para ataca-lo, alguma que
nunca imaginei que fosse fazer um dia. Avancei, então, cheio de dor e tontura,
para cima de Ernesto; travamos um violento confronto físico que nos fizera
rolar escada abaixo. Quando caímos no piso
do hall, senti meus músculos moídos, ocasionando uma dor insuportável. O velho
estava lá, deitado de barriga para baixo, tremendo. Fui verificá-lo e vi aquele
fenômeno mais que estranho e perturbador, que já havia presenciado, porém
jamais consegui explicar: lágrimas, vindas de sua órbita vazia, mesmo não tendo
um órgão de visão, tampouco canal lacrimal, saiam por baixo de seu tapa-olho. Mesmo
chorando e tremendo, Ernie pegou a faca numa fração de segundos e golpeou-me no
olho esquerdo, sem mais nem menos. A dor me fizera perder os sentidos. Pude
ouvir passos de pessoas armadas chegando ao local do incidente e, logo após,
desmaiei.
Quando acordei no
hospital, descobri uma série de coisas: Assim que abri os olhos, percebi que
agora poderia enxergar mais nada além de uma imensidão negra; Lisa, minha
futura noiva, havia encontrado a chave dos aposentos de Ernesto e a polícia
encontrara lá dentro potes com os olhos das aves e dos defuntos, ainda
descobriram que, além da cozinheira, Ernie havia matado um dos jardineiros e
escondera seu olho nos bolsos da calça; por último, descobri que o velho
empregado havia morrido de um ataque cardíaco, após ter me atacado e recebido
ordem de prisão.
Fiquei muito triste
quando soube da morte de Ernesto. Eu não pude sentir ódio daquele senhor que
conhecia desde o dia que nasci, pois ele era apenas outra vítima das
insanidades da mente humana. Sua loucura veio da obsessiva paixão e o desejo
desesperado de possuir tal coisa que sempre desejara. Esse era o problema que
incapacitava Ernesto de enxergar a razão e a triste realidade.
Apesar de eu não mais ter o privilégio de ver
minha amada, nem meus entes queridos ou algumas outras pequenas coisas que me
satisfaziam, acho que, na minha humilde opinião, mais vale perceber, sentir, ou
até mesmo imaginar o mundo do que simplesmente ver suas tantas negatividades e
os poucos atos que nos fazem ter menos esperanças nele. A realidade, porém,
pode ser invisível para mim agora, mas deve ser encarada da mesma maneira como sempre
fora.
Conto - A órbita vazia de Ernesto (Parte II)
Após um tempo, todos os habitantes das terras de minha
família notaram um acontecimento assustadoramente estranho: algumas aves,
galinhas, gansos, patos e um pavão, que criávamos na pequena fazenda da
propriedade, foram encontradas mortas nos arredores do local. Os pobres animais
apresentavam a mesma mutilação que causara a morte: o olho direito arrancado da
órbita. Jeito estranho de matar um animal, sem falar no, ainda mais estranho,
fato de o assassino ter levado o órgão tirado do bicho e deixado o corpo lá. Se
fosse algum ladrão, obviamente teria levado os restos da ave, ou sequer matado.
Claro que eu sabia
quem era o responsável pela morte das pobres aves, só não queria acreditar. Não
podia acreditar! Ernesto jamais fez mal a uma mosca, nem mesmo matava os
escorpiões ou cobras que apareciam nas pedras e jardins da propriedade. Porém,
como eu estava presente naquele desagradável dia de pescaria e vi o que
aconteceu, era impossível não tirar a ideia de que Ernie era o responsável
pelas mortes da cabeça. Não podia comentar isso com alguém da família ou com
outro empregado, pois julgariam a mim como o pobre insano, e não o velho.
Tudo piorou quando a
governanta da mansão faleceu. Velamos o corpo durante o dia, dentro de casa.
Todos os empregados, cozinheiros e ajudantes estavam abalados, exceto Ernesto
que sequer expressava-se, o que era estranho, pois ele sempre se relacionou
muito bem com a falecida Senhorita Carter. Durante a tarde, enterramos o corpo
no cemitério da vila local, onde estavam acontecendo mais dois enterros. Após
depositarmos o caixão na cova, todos saíram para tomar seu rumo, menos Ernie,
que ficou lá parado, observando o túmulo da velha governanta. “O que será que
ele estava pensado?” me perguntei, até que resolvi tentar falar com ele:
- Ernie, - Chamei. – não acha melhor irmos embora?
O velho tomou um
pequeno susto quando o chamei de repente, abrindo um pequeno sorriso e respondendo:
- Sim, meu filho, Tem razão. Acho que não há mais nada para
ver, por aqui.
Sua resposta fora uma
das coisas mais fingidas que já ouvira na vida. Finalmente, fomos para casa
quando já estava prestes a anoitecer.
Quando a noite caiu,
minha família e eu fomos jantar. Comemos pouco e decidimos ir dormir mais cedo,
exceto os empregados, que, ainda abalados com a morte da velha governanta e com
a chacina que acontecera no galinheiro (na qual eu sabia quem era o
responsável, porém tinha medo de dizer), estavam impossibilitados de sentir
sono. Durante a noite, não vi Ernesto em lugar algum da propriedade. Resolvi
verificar se ele estava em seus aposentos, mas a porta estava trancada, presumi
que ele já estivesse dormindo. Eu me sentia cansado, porém ainda preocupado com
o velho empregado; mesmo assim, decidi ir para cama.
Fui despertado, na
manhã seguinte, com uma notícia terrível! O túmulo da Senhorita Carter, nossa
governanta, havia sido violado, assim como os outros dois recentes. Fiquei
ainda mais aterrorizado quando me disseram o que roubaram dos túmulos: os olhos
direitos dos defuntos. Roupas, joias, relógios, nada disso fora levado, somente
o órgão que já não mais enxergava daquelas pessoas. Ernesto virou um ladrão de
túmulos! Jamais pensei que uma das pessoas que mais tinha confiança pudesse
fazer isso! Eu não podia fingir que nada havia acontecido. Precisava,
urgentemente, denunciar o empregado.
Meus pais eram
aquelas pessoas rígidas, que não aceitavam ouvir mentiras, e eu, que era apenas
um garoto de 16 anos, tinha autoridade nenhuma, nem mesmo evidências que
comprovassem que Ernie era o culpado pelos crimes. Como era de se imaginar,
meus pais não acreditaram em mim e me mandaram não dizer mais aquelas bobagens.
Mas, eu não conseguia tirar aquilo da cabeça.
O que diabos Ernesto seria capaz de fazer agora? Procurei o velho por
todos os lugares, mas não o encontrei, o que me deixou com medo. “O que será
que ele está fazendo?” me perguntava. Fui até seus aposentos, bati a porta e
chamei seu nome... nada! Tentei abrir... trancada! Era domingo, seu dia de
descanso, porém Ernie jamais respeitava essa regra. Queria chamar meu pai para
tentar convencer o empregado a abrir a porta do quarto, mas imaginei que aquela
seria uma péssima ideia. Até porque meus pais não estavam em casa, haviam saído
para resolver assuntos no centro da vila. Fiquei lá parado, até escutar uma voz
doce e suave chamar meu nome.
Era minha namorada,
a bela senhorita Lisa. Eu estava feliz em vê-la, mas, ainda assim, perguntei:
- O que estás fazendo aqui?
A garota, antes de
responder, agarrou-me para me dar um beijo. Em seguida, falou:
- Eu havia ligado para sua casa, de manhã cedo, mas você
estava dormindo. Sua mãe disse que estavas com algum problema e me pediu para visita-lo,
durante a tarde. Estive preocupado contigo! Não o veja há dias e sinto muito
sua falta.
É claro que eu também
sentia falta da minha menina, mas não pude esconder dela minha obsessão pela
ideia de que o velho Ernesto seria o responsável por aqueles crimes. Precisava
contar à Lisa o que eu vi e imaginei, mas tive medo que ela me jugasse como uma
pessoa de “imaginação delirante”, assim como meus pais. Enfim, contei.
Graças aos céus, pelo
menos Lisa pareceu acreditar em mim, querendo, de algum jeito, entrar nos
aposentos do empregado para encontrar alguma evidência que comprovasse sua
culpa pelos crimes. De repente, veio-me em mente uma ideia que já devia ter
pensado há horas! Havia um quarto no final do corredor do segundo andar de
minha casa que servia de depósito para gaveteiros. Com certeza, em uma das
gavetas estariam guardadas todas as cópias das chaves dos cômodos da casa, ou
até mesmo em uma das prateleiras da cozinha.
Portanto, resolvemos nos separar par encontrar a maldita
chave: Lisa fora procurar no quarto de depósito enquanto eu desci as escadas
até a cozinha para a busca.
(Continua...)
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