Após o almoço,
passaram um tempo com Tobias, que aparentava menos sorridente, mas com uma
expressão estranha no rosto, como se houvessem sugado toda aquela alegria
presente na alma daquele rapaz. Estava com os olhos um tanto esbugalhados,
aparentando estar assustado. Mas ainda era simpática, apesar de agora fazer
algumas pausas ao falar. Olhava bastante para a garota Negromonte, admirando
seu rosto angelical e esperando que ela retribuísse o olhar.
Com o passar das
horas, a chuva grossa não passou. Era bastante comum uma tempestade de intensidade
igual aquela, no mês de julho. Tal situação meteorológica deixara o ambiente
bastante frio e confortável, transformando aquela tarde chuvosa numa tarde
especialmente para dormir e relaxar.
A filha dos
Negromonte preferiu ficar em um quarto separado do de seu irmão e escolheu o
último no final do corredor, pois gostava de privacidade. A garota fechou as
janelas e as cortinas, deixando o quarto parcialmente escuro. Deitou-se na cama
e fechou os olhos para tirar um cochilo. Fazia um frio estupendamente agradável
e um silêncio tranquilizador, tinha certeza que todos na casa estavam em seus
quartos dormindo. Passaram-se 10 minutos, até que finalmente a garota conseguiu
dormir. Mal sabia ela que estava prestes a ser molestada por um louco que
havia coberto seu rosto com um pano cheio de clorofórmio a fim de fazê-la não
gritar e dormir por horas. Tobias, após seu ato violento, tirou as roupas da
pobre garota e começou a lhe penetrar da maneira mais selvagem e louca
possível. Seu rosto estava suado, seus olhos verdes completamente esbugalhados
e, nesse momento, havia um sorriso maléfico em seu rosto fino e comprido.
Ao terminar, saiu do
quarto da garota desacordada e resolveu fazer uma visita ao irmão dela. Pegou um
pedaço pontudo de pedra que servia de enfeite e bateu na porta do quarto onde o
garoto se encontrava. Ninguém atendeu. Bateu novamente e... ninguém! Resolveu
abri-la e, para a sua surpresa, ninguém estava lá. Quando virou de costas para
sair e procurar o menino, encontrou-o parado no corredor, todo ensopado e cheio
de lama. O menino não estava nem um pouco assustado ao ver que Tobias segurava
uma pedra pontuda na mão direita e falou:
- Você não disse que tinha uma carreta, nem que o
carro da minha família foi amassado por um martelo. – O garoto revelou segurar
um enorme martelo com a mão direita. – Se me atacar, pode ter certeza de que meu
pai escutará o meu grito. Pode ter certeza também de que eu acabo com você!
Ao terminar de dizer
aquilo, uma bala que teria vindo de um revólver com silenciador, atravessou a
testa do garoto, espalhando sangue e pedaços de miolos pelo chão e pelas
paredes. O menino Negromonte caiu para frente, com os olhos abertos que nada
mais enxergavam a não ser aquela famosa figura de capuz preto e uma foice.
Tobias sabia que o
tiro veio do revolver de seu ajudante, sabia também que precisava, após limpar
rapidamente todo aquele sangue e pedaços de miolos, visitar o quarto do casal.
Para ganhar tempo, pediu para que seu ajudante, onde quer que ele estivesse,
voltasse rapidamente para aquele corredor e começar a remover o corpo do garoto
e seus pedaços.
Continua...
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