O senhor Negromonte,
após conseguir derrubar Tobias novamente, correu assustado para fora do quarto.
Ao chegar no corredor, deparou-se com a terrível cena de sua mulher carregando
o corpo de seu filho para coloca-lo dentro de um saco escuro. A senhora
Negromonte olhou para o seu marido com um sorriso extremamente diabólico. O
grito de horror do homem jamais saiu, pois fora interrompido pelo barulho do
pedaço pontudo de pedra perfurando sua cabeça.
Tobias tenha certeza
de uma coisa: matou, limpou. Ao limpar o local e retirar o corpo do senhor Negromonte,
olhava sua ajudante fazendo o mesmo com o corpo de seu filho.
- Você realmente odiava esses dois, não é? – Perguntou Tobias.
Brenda Negromonte deu uma gargalhada e respondeu:
- Meu marido também vivia me traindo, não me dava atenção,
coisa e tal. E esse moleque nem era meu filho, adotamos ele quando perdi meu
segundo bebê. Tudo que eu sempre quis foi me livrar dessas duas pedras de
sapato e passar a viver com você, meu melhor aluno de medicina.
- Acho que não devemos voltar para a faculdade. Vamos ter
que ganhar a vida por aqui mesmo. Fiz o que você pediu, não matei sua filha.
- Mas tirou a virgindade dela, seu animal! Ela podia ser uma
prostituta virgem, mas não! Você tinha que arrombar aquela que seria
futuramente arrombada!
Mais tarde, quando a
filha de Brenda acordou, Tobias fora ao seu quarto levar-lhe uma bandeja com seu
jantar. A garota perguntou:
- Pra quê isso?
- Você comeu pouco durante o almoço, achei que estivesse com
fome. – Respondeu o rapaz, empurrando a bandeja para a garota. – Quantos anos
você tem? 18? 19?
- Ela tem 17. – Respondeu Brenda, que observava tudo pela
porta. – 17 anos, idade de começar a trabalhar. Certo querida?
- Oxente! – Exclamou Tobias. – 17 anos? Com essa idade eu já
trabalhava.
- Filha, você me deixa limpar sua boca com esse meu pano? – Perguntou
a mãe quando a filha sujou-se com o molho do sanduíche.
A garota nem
respondeu e Brenda esfregou o pano cheio de clorofórmio em seu rosto. Tobias,
sem entender, perguntou:
- Pra quê isso, de novo?
- Ela não percebeu que estava sem roupa, nem você.
Novamente, os dois
caíram na gargalhada, mortal, diabólica e um tanto cativante.
- Vamos prendê-la na cama e espera-la acordar para
contar-lhe como será sua vida, de agora em diante. – Disse Brenda, com
crueldade.
Assim, a loucura e
insanidade tomará conta de outro cidadão habitante do lugar de onde veio seu amigo narrador.
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